Um possível alívio foi o anúncio da Casa Branca de que o país iniciaria 90 dias de negociações com autoridades chinesas para reduzir tensões comerciais (Foto: Ernesto de Souza/ Ed. Globo)
As vendas de tratores e colheitadeiras para os agricultores norte-americanos prejudicados pelas tarifas sobre as safras de grãos e a carne dos Estados Unidos estão desacelerando, colocando em risco uma recuperação incipiente para os fabricantes de máquinas agrícolas. As vendas nos Estados Unidos da indústria dos modelos de tratores de grande porte usados com maior frequência no cultivo de grãos caíram 8% em outubro em relação ao mesmo mês do ano passado, de acordo com a Associação de Fabricantes de Equipamentos. As vendas de colheitadeiras caíram 7%.
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Enquanto outros fabricantes de máquinas tiveram bons resultados recentemente graças à robusta economia dos EUA, fabricantes de equipamentos agrícolas, incluindo Deere & Co. e CNH Industrial NV, foram mais lentos em se beneficiar dessa força porque a renda dos agricultores foi prejudicada por quatro anos de baixa preços dos grãos.
A Deere disse no mês passado que suas vendas mundiais de equipamentos agrícolas subiriam apenas 3% neste ano fiscal, abaixo do crescimento de 15% no ano que terminou em outubro. "Não há dúvidas de que as preocupações comerciais tiveram impacto no sentimento dos agricultores nos últimos meses", disse John Lagemann, vice-presidente de Vendas Agrícolas da Deere, durante uma conferência com analistas.
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A CNH ainda não apresentou uma perspectiva de vendas para 2019. A empresa informou um aumento de 3,5% nas vendas de equipamentos agrícolas no terceiro trimestre que a empresa atribuiu em parte aos preços mais altos destinados a compensar o aumento dos custos do aço decorrentes das tarifas dos EUA.
Um possível alívio foi o anúncio da Casa Branca no último sábado de que o país iniciaria 90 dias de negociações com autoridades chinesas para reduzir tensões comerciais entre as duas nações. O Departamento de Agricultura dos EUA estima que as vendas de carne suína, soja e outros produtos alimentícios para a China cairão quase 40% no ano que vem, para US $ 12 bilhões, se compradores chineses mantiverem planos de transferir suas compras para outros países.
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Source: Rural