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Ex-ministro da Agricultura, Neri Geller está de volta ao Congresso Nacional (Foto: Agência Brasil)

De volta ao Congresso Nacional, onde já defendeu dois mandatos como deputado federal, o ex-ministro da Agricultura Neri Geller acredita que a bancada ruralista deve atrair novas lideranças e se manter fortalecida para a próxima legislatura. Além de ministro de Dilma Rousseff, Neri também foi secretário de Política Agrícola do Ministério durante o governo de Michel Temer. Para ele, a capacidade de articulação dos parlamentares ligados à agropecuária no Congresso Nacional será um ponto importante a partir da próxima legislatura. 

“A bancada deve ter capacidade de se articular e acredito que vamos ter bons quadros, e eu me incluo entre eles”, diz ele, em conversa por telefone com a reportagem de Globo Rural.

Durante a campanha eleitoral, a Frente Parlamentar Agropecuária (FPA) formalizou apoio à candidatura de Jair Bolsonaro e tende a compor a base aliada do novo governo. Entre os principais itens da pauta dos representantes do agronegócio, estão mudanças na lei de licenciamentos ambientais, regulamentação das questões fundiárias e demarcação de terras indígenas.

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Em reuniões com o então candidato à presidência pelo PSL, o discurso da bancada ruralistas era o de que ele estava “sensível” às demandas do agronegócio. Bolsonaro manifestou publicamente contrariedade com a atual política de demarcação, defendeu mudanças no licenciamento ambiental e uma política de segurança no campo que inclui ampliação do acesso a armas.

“Há pessoas que não são diretamente ligadas à produção que nos procuram. Se tivermos uma liderança forte, vamos arrastar votos porque a pauta é importante para o país”, acredita o parlamentar eleito.

Mudanças importantes

 

Nas eleições deste ano, 110 integrantes da Frente Parlamentar Agropecuária (FPA) se mantiveram no Congresso Nacional. O número é mais da metade dos integrantes do colegiado que se candidataram para um novo mandato parlamentar.

A maior parte se manteve onde está, caso da deputada Tereza Cristina (DEM-MS), atual presidente da FPA. Houve mudanças de endereço, como a de Luiz Carlos Heinze (PP-RS), que termina essa legislatura como deputado e na próxima será senador.

Mas houve baixas consideradas importantes. Caso de Ana Amélia Lemos (PP-RS), no Senado, e de Valdir Colatto (MDB-SC), Carlos Melles (DEM-MG) e Nilson Leitão, ex-presidente da FPA, na Câmara.

Eleito deputado federal pelo PP de Mato Grosso, Neri Geller não acredita em um enfraquecimento da Frente Parlamentar Agropecuária por conta do resultado das urnas em outubro.

“Tudo acontece no momento certo. Há pessoas de bem que farão falta lá. Mas ganhamos com Heinze no Senado, algumas novas lideranças chegam no Congresso e vão ocupar esse espaço. A bancada se fortaleceu”, acredita.

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Nesse contexto, ele não ignora a possibilidade de estar entre as principais lideranças da bancada ruralista na próxima legislatura. Promete “colocar uma agenda muito forte” a favor do trabalho e da eficiência. Analisa que o país passa por um momento importante, em que a sociedade pede mudanças.

“As mudanças precisam acontecer para destravar o país, trazer mais eficiência e cortar gastos. Não há espaço para aumento da carga tributária. É preciso fazer as reformas necessárias, especialmente da previdência e tributária, e reduzir a burocracia”, defende o parlamentar eleito.

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Source: Rural

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