Ilustração: Bárbara Malagoli
Mesmo em meio a um mercado tão competitivo e em um país ainda mergulhado em crises políticas e econômicas, a norueguesa Yara, vencedora no segmento Fertilizantes do Melhores do Agronegócio, tem conseguido colher bons resultados. O desempenho da multinacional é reflexo de uma fórmula desenvolvida no início dos anos 2000 e que inclui aquisições de concorrentes de diferentes portes, além da aposta em produtos diferenciados para a agricultura brasileira.
O presidente da companhia no Brasil, Lair Hanzen, é otimista com o horizonte que se desenha para o setor nos próximos anos. “O mercado de fertilizantes é grande, cresce muito, algo em torno de 6% por ano, em média. Esse índice vai ser um pouco menor daqui pra frente, mas ainda assim, o setor estima 3% ao ano. Isso representa mais de 1 milhão de toneladas de crescimento por ano, significa de três ou quatro unidades misturadoras por ano”, compara.
A demanda por adubos no Brasil nos últimos anos seguiu a curva de aumento da área agricultável. Os dados da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) mostram que o terreno destinado ao cultivo de grãos no país saltou de 37,8 milhões de hectares nos anos 2000 para 61,7 milhões de hectares na temporada 2017/2018.
Atenta a esse cenário, a Yara vem adubando seus negócios no Brasil desde quando decidiu fincar os pés por aqui, na década de 1970, mas foi a partir dos anos 2000 que a companhia adotou as estratégias mais agressivas. Em 2003, deu o maior impulso com a aquisição da divisão de fertilizantes da Bunge, multinacional norte-americana. Com isso, viu sua participação no mercado nacional de fertilizantes saltar expressivamente. De lá para cá, outras aquisições, além de formação de parcerias com mais empresas e investimentos bilionários na ampliação de algumas unidades, deram mais robustez à companhia.
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Source: Rural