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Em 2017, foram fabricadas 68,7 milhões de toneladas de rações (Foto: United Soybean Board/CCommons)

 

 

O setor de alimentação animal deve registrar leve recuo de 0,2% na produção anual de rações em 2018, segundo previsões do Sindicato Nacional da Indústria de Alimentação Animal (Sindirações). Em 2017, foram fabricadas 68,7 milhões de toneladas de rações e 2,98 milhões de toneladas de sal mineral.

De acordo com Ariovaldo Zani, vice-presidente executivo do Sindirações, o aumento no custo da alimentação foi impulsionado pelos preços dos grãos e por outros insumos importados  indexados ao dólar, além da greve dos caminhoneiros. “Esses fatores promoveram modulação do desempenho da cadeia produtiva que resultou na contabilização de 32,6 milhões de toneladas no primeiro semestre, marca que significa um retrocesso de 1,4% em relação à quantidade produzida de janeiro a junho do ano passado”, explica.

A avicultura, responsável por mais da metade da demanda, deve fechar o ano com 38,2 milhões de toneladas produzidas, queda de 0,9%. Entre as subcategorias de aves, a ração para frango de corte deve representar 31,7 milhões de toneladas, redução de 2%, enquanto as galinhas poedeiras tendem a terminar 2018 com 6,5 milhões de toneladas, aumento de 5% na produção. Apesar disso, o Sindirações prevê a produção de 71,8 milhões de toneladas de rações e sal mineral até dezembro.

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Avicultura de Corte
No primeiro semestre, o produtor de frangos de corte demandou 15,9 milhões de toneladas de rações, um retrocesso de 3,3%, em resposta ao alojamento de pintinhos que declinou aproximadamente 4,2%, principalmente por conta do alto custo do milho e do farelo de soja. A greve dos caminhoneiros no final de maio prejudicou a entrega de rações e provocou grande mortalidade de aves. O embargo europeu às exportações e a dificuldade do consumidor doméstico em adquirir o excedente continuam comprometendo a cadeia produtiva. Em 2018, a previsão é que a produção de ração para frangos de corte contabilize 31,7 milhões de toneladas, um retrocesso da ordem de 2% em relação à produzida no ano passado.

Avicultura de Postura
A produção de rações para poedeiras somou 3 milhões de toneladas e crescimento de 5% no primeiro semestre, devido o grande alojamento de pintainhas de postura e a produção de ovos que quebrou recorde histórico no segundo trimestre. Diante disso, a demanda por rações para postura pode somar 6,5 milhões de toneladas em 2018.

Suinocultura
Já a demanda por rações para suínos se manteve estável no primeiro semestre e somou 7,7 milhões de toneladas, apesar do retrocesso nas exportações devido ao embargo russo e ao baixo preço pago ao suíno vivo que diminuiu a rentabilidade dos produtores. A perspectiva é que em 2018 sejam produzidas 16,7 milhões de toneladas de rações, ou seja, um avanço de 1% em relação ao contabilizado em 2017.

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Bovinocultura de corte
No primeiro semestre, a produção de rações para bovinos de corte alcançou 1,1 milhão de toneladas, ou seja, avanço de 1% quando comparado ao mesmo período do ano passado, sobretudo por conta da resiliência da cadeia produtiva também afligida pela paralisação dos caminhoneiros, muito embora o preço do boi e do bezerro continuam menores do que em meados de 2016. Confiando na recuperação do segundo ciclo de confinamento, a previsão é de produção de 2,6 milhões de toneladas de rações para bovinos de corte em 2018.

Bovinocultura de leite
A cadeia pecuária leiteira também sofreu por conta da greve dos caminhoneiros que comprometeu a entrega dos insumos para alimentação dos rebanhos e paralisou a captação do leite produzido. A produção de rações contabilizou apenas 2,39 milhões de toneladas de janeiro a junho, um recuo de 6,5% em relação ao mesmo semestre do ano passado. Porém, a escassa oferta de leite cru aos laticínios favoreceu o aumento do seu preço. A previsão em 2018 é produzir 5,8 milhões de toneladas ou 3% menos que em 2017.

Aquacultura
A produção de rações para peixes e camarões durante o primeiro semestre somou 646 mil toneladas e retrocedeu 1,5%, por conta do desafio sanitário enfrentado pela carcinicultura, cuja atividade continua em declínio, do esvaziamento dos principais reservatórios nordestinos, e sobretudo pelo bloqueio rodoviário que prejudicou bastante a região Sul, principal polo produtor de peixes. Se a produção nas regiões Sudeste, Norte e Centro-Oeste continuar razoável, é possível que a produção de rações para aquicultura alcance mais de 1,2 milhão de toneladas e avance mais de 4% em relação a 2017. 

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Cães e gatos
Apesar da conjuntura econômica, o consumidor brasileiro continua oferecendo alimentos industrializados, completos e balanceados aos mascotes. A estimativa é que a quantidade produzida alcançou 1,25 milhão de toneladas durante o primeiro semestre e contabilize até 2,65 milhões de toneladas de alimentos para cães e gatos, um avanço de 2,9% em 2018. 

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Source: Rural

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