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No Reino Unido, o consumo superior a 9 gramas por dia de produtos como linguiças e salsichas é considerado alto (Foto: Ruth Hartnup/CCommons)

 

O consumo recorrente de carne processada pode elevar os riscos de câncer de mama. É o que indica um estudo publicado no International Journal of Cancer a partir de revisão de pelo menos 15 estudos feitos em vários países, como Estados Unidos, Reino Unido, Japão e Itália, informou a rede britânica BBC nesta quarta-feira (3/10).

Na comparação com as mulheres que consumiam esse tipo de produto em menor quantidade, a possibilidade de contrair a doença é de 9%. No Reino Unido, por exemplo, estima-se que 14 em cada 100 mulheres terão câncer de mama em algum momento da vida. Com o risco adicional indicado pelo estudo, a preojeção seria de 15 para cada 100.

De acordo com a BBC, o trabalho confirma conclusões feitas anteriormente pela própria Organização Mundial de Saúde (OMS). Especialistas, no entanto, recomendam cautela em relação aos resultados, diz a rede britânica. As pessoas têm definições diferentes do que seria um consumo elevado de carne processada. E há estudos que levam em conta a informação prestada pelo próprio participante, dificultando a relação direta de causa e efeito.

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"O estudo, que inclui dados sobre mais de um milhão de mulheres, mostra uma ligação entre o consumo de carne processada e o risco de câncer de mama, mas não está claro se esse tipo de alimento realmente causa a doença", destaca a reportagem da BBC.

Uma das questões a serem consideradas é o quê é considerado um consumo excessivo de carne processada, como salsicha, bacon, linguiça, salame e outros embutidos. No Reino Unido, por exemplo, o alto consumo é definido como superior a 9 gramas por dia. Mas outros estudos consideram quantidade ainda maiores, pontua a BBC.

Apesar de indicar o risco, pesquisadores descartam a ideia de eliminar o consumo de carne processada. De qualquer forma, a principal autora do estudo, Maryam Farvid, da Escola de Saúde Pública de Harvard, nos Estados Unidos, recomenda apenas reduzir.

No entanto, pesquisadores que não acompanharam o estudo o classificaram como questionável, informa a reportagem da BBC. Gunter Kuhnle, da Universidade de Reading, no Reino Unido, disse que o risco real das carne processada é muito pequeno para o indivíduo, mas relevante para a população em geral.

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Source: Rural

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