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Tomasi trabalhou durante anos como aviador agrícola (Foto: Emiliano Capozoli/Ed. Globo)

 

Morreu na sexta-feira (7/9), na Argentina, o ativista Fabián Tomasi, que se tornou símbolo da luta contra os agrotóxicos no país. Tomasi tinha 53 anos e morreu vítima de uma polineuropatia tóxica severa, relatou o jornal La Nacion.

Desde 2005, o argentino trabalhou como aviador agrícola para uma empresa de pulverização da cidade de Basavilbaso, na província de Entre Rios. Seu trabalho consistia em aplicar pesticidas, especialmente o glifosato, sobre plantações. Fabián estava doente há mais de dez anos, período em que passou a denunciar e gerar consciência sobreo perigo da utilização de agrotóxicos.

Fabián Tomasi, na foto de seu perfil no Facebook (Foto: Reprodução/Facebook)

O ativista foi protagonista do livro Envenenados, escrito pelo jornalista Patricio Eleisegui. Em sua conta no Twitter, Eleisegui escreveu: "Vai se um símbolo da luta contra as fumigações. Alguém decisivo para entender esse modelo que mata", disse o La Nacion.

Ainda segundo o jornal argentino, Fabián relatava que, durante o período em que trabalhou com fumigação (controle de pragas por meio da aplicação de gás), nunca utilizou equipamentos de proteção e tampouco foi advertido sobre o risco de manipular o glifosato, herbicida utilizado em cultivos de sementes transgênicas envolvido em denúncias sobre seu potencial cancerígeno.

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Nos útlimos anos, devido à doença, o argentino já não conseguia ingerir alimentos sólidos e perdia massa muscular. Para reforçar suas denúncias, Fabián deixou-se fotografar com o corpo esquelético. "Não cometamos o erro de pedir saúde e não justiça porque assim adoeceremos todos", disse Fabián em uma entrevista citada pelo jornal argentino.
Source: Rural

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