Fabio Barone, head de Saúde Animal da Boehringer, no estande da empresa, em Esteio (RS) (Foto: Marcelo Curia/Ed. Globo)
_A empresa farmacêutica Boehringer Ingelheim, uma das líderes mundiais em saúde animal, aproveitou nesta semana o palco da Expointer, em Esteio (RS), que recebe pecuaristas do país todo e da América do Sul, para anunciar sua estratégia de crescimento no Brasil. Fabio Barone, head de Saúde Animal da multinacional há seis meses, afirmou que a empresa se prepara para liderar o ranking do setor no Brasil em três anos.
Acompanhado por um novo time de executivos, Fabio não divulgou valores do investimento, mas disse que recursos da matriz não faltam para atingir a meta proposta. Com a aquisição da Merial no ano passado, a alemã Boehringer se tornou a segunda maior em saúde animal do mundo, com destaque para os segmentos de pets, equinos e suínos. Segundo Fabio, o foco de crescimento da empresa familiar, que faturou 18 bilhões de euros no ano passado, sendo 3,4 bilhões de euros em saúde animal, e tem presença em mais de 150 países, agora é o Brasil.
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Como parte da estratégia para alcançar a liderança no setor no país, a empresa deve investir no lançamento de produtos para ruminantes. Três novidades para bovinos foram destacadas na feira gaúcha, que tem em seu DNA negócios com animais e exposição de cerca de 6.000 animais espalhados pelos pavilhões.
Uma das novidades é a Bovela, uma vacina para prevenção da BVD (Diarréia Viral Bovina), doença que não causa muitas mortes, mas causa impactos na criação dos animais. Outra é o Neox Pour-on, carrapaticida de última geração para controle dos parasitas. O terceiro é o pacote tecnológico IATF Control para reprodução, que visa aumentar a eficiência produtiva das vacas.
“Nosso foco é aumentar a produtividade do rebanho de leite e de corte. Em leite, por exemplo, o Brasil tem um rebanho 67% maior do que o da Europa, mas só produz 18% do total europeu”, diz Rafael Moreira, gerente de produtos.
No ano passado, o setor movimentou R$ 5 bilhões no Brasil, segundo dados do Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para Saúde Animal (Sindan). A expectativa para este ano é de um crescimento de 8%. Já a Boehringer Saúde Animal projeta um crescimento de dois dígitos.
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Source: Rural