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Renato Teixeira (ao centro), em entrevista transmitida pelo Facebook, com apresentação do editor da Globo Rural, Vinicius Galera, e participação do vice-presidente da Basf Soluções Agrícolas para a América Latina, Eduardo Leduc, que também é músico (Foto: Editora Globo)

“Eu não gosto de ler filosofia alemã. Eu gosto da filosofia cabocla. A cultura do homem do campo é o que alimenta minha carreira”. Assim Renato Teixeira resumiu a base do seu trabalho, em entrevista à Globo Rural transmitida ao vivo pelo Facebook na quinta-feira (30/8).

E, se o estoque de insumo é grande, a forma como é usado pelo artista com mais de 50 anos de carreira dedicados à música de raiz está longe de ser industrial: clássicos como Romaria, Tocando em frente (parceria com Almir Sater) e Amanheceu são únicos. Fora e acima de qualquer padrão. Artesanais, no melhor sentido.

“Não tem nada mais caipira do que dizer ‘ando devagar porque já tive pressa’”, disse Teixeira, citando o primeiro verso de Tocando em frente. O compositor também falou da influência da literatura, especialmente a poesia portuguesa e a poesia concreta no seu processo de composição.

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Levando a tiracolo um pequeno violão, que contou ser um legado de família, Renato Teixeira cantou ao vivo seus maiores sucessos. Nascido no litoral do Estado de São Paulo, falou sobre como, num primeiro momento, influenciado pela música caipira clássica, percebeu que o ciclo de artistas como Raul Torres, Teddy Vieira e Tonico e Tinoco estava terminando quando começou sua carreira.

O cantor contou que, um dia, tocou a canção quando abria um show de Luís Gonzaga. Ao final da apresentação, o “rei do baião” chegou pra ele e disse: “você tocou sua Asa branca”, em referência ao clássico de Gonzaga e Humberto Teixeira. “Você não vai entender o que estou falando agora, mas um dia vai entender”, disse Gonzaga.

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Romaria explodiu com a gravação de Elis Regina em 1977 e tornou-se um clássico da música brasileira de todos os tempos.

Renato Teixeira avaliou a música sertaneja atual como a junção da música caipira com a balada, que é a “música do mundo”. “Hoje, tem um déficit de conteúdo, mas isso melhora. Essa balada brasileira vai ganhar o mundo”.

Assista à integra da entrevista no vídeo abaixo:

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Source: Rural

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