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Nas fazendas modelo são usados drones, sensores de umidade e monitoramento do solo, extensões meteorológicas (Foto: Thinkstock)

 

 

 

A partir de outubro, começam as aulas do programa de Gestão no Agronegócio, oferecido pela Fundação Dom Cabral (FDC), em parceria com a revista Globo Rural. Voltado para produtores rurais, gestores de fazendas e lideranças do setor, o programa tem 96 horas de atividades planejadas, divididas em quatro módulos com aulas interativas, estudos de caso e espaço para troca de experiência entre os participantes.

Em um dos módulos, a turma fará uma visita a duas fazendas modelo, que são referência por aliar tecnologia e produtividade à sustentabilidade. As fazendas, chamadas Alvorada e Brejão, ficam em Paranoá (DF), próximas à rodovia DF-100. São propriedade da família Matté, que há mais de 40 anos trabalha no agronegócio e há 20 anos está na região.

William Matté, agrônomo, é quem administra as propriedades, que juntas somam 1.000 hectares de área útil. “Nosso negócio é em família. Eu administro as terras, meu pai cuida da parte comercial e minha irmã do financeiro. Nós trabalhamos com agricultura irrigada e não irrigada e temos diversificação com pecuária, nos moldes do chamado sistema Integração Lavoura-Pecuária”, diz.

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Nos mil hectares são produzidos soja, milho verão, milho safrinha, feijão e trigo. O local de cada cultivo é decidido com estratégia, para que se tenha o melhor aproveitamento do solo, sem nenhum risco de esgotamento.

Em relação à produção de grãos, as fazendas apresentam produtividade de 12 toneladas de milho verão por hectare, 7 toneladas de milho safrinha por hectare e 4,2 toneladas de soja por hectare. A produção de trigo é de, em média, 6 toneladas por hectare, e a de feijão é de 3 toneladas por hectare. “Graças ao uso de tecnologias e de bons planejamentos na gestão dos cultivos, temos crescido muito nossa produtividade. Nos últimos 10 anos, dobramos a produção sem aumentar as áreas de plantio”, explica Matté.

O agronômo diz que na fazenda são usados drones, sensores de umidade e monitoramento do solo, extensões meteorológicas, além de um intenso investimento em melhoramento genético vegetal e animal. “Inclusive, nos preocupamos muito em ter um controle de pragas com o uso mínimo de defensivos agrícolas”, diz Matté. Para as próximas aquisições, o agrônomo tem planos de instalar painéis solares nas fazendas, para que as propriedades comecem a produzir sua própria energia renovável.

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Além da agricultura, parte das terras serve de pasto para o gado, que é criado para engorda ou recria. “Trabalhamos com animais meio sangue angus e nelore”, diz. A diversificação da produção, característica do sistema Integração Lavoura-Pecuária (ILP), além de ser boa para a gestão sustentável das terras, também permite uma maior variação nas fontes de renda. Embora os principais produtos das fazendas ainda sejam grãos, a pecuária já representa 20% do faturamento da propriedade.

“Começamos a implantação [do sistema ILP] há cinco anos, quando percebemos que existia uma oportunidade de melhorar as condições ambientais das fazendas e, junto, agregar valor aos nossos produtos, que antes eram somente grãos. Passamos por um processo de mudança na cultura, e foi preciso encontrar mão de obra qualificada, mas os resultados hoje são positivos”, diz.

Inscrições abertas

Para ver de perto todas as tecnologias e técnicas das fazendas Alvorada e Brejão, interessados devem fazer suas inscrições no programa de Gestão no Agronegócio até o dia 17 de outubro. O programa é pago e as vagas são limitadas. Inscrições feitas até o dia 31 de agosto terão 20% de desconto. Em caso de dúvidas, o candidato pode entrar em contato com a instituição pelo telefone 0800 941 9200 ou pelo e-mail: atendimento@fdc.org.br. Mais informações podem ser encontradas no site. 

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Source: Rural

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