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Da esquerda para a direita, Thales Nicoletti, Andréa Orsi, Raphael Pizzi e Mariana Vasconcelos (Foto:Fernando Martinho/Editora Globo)

 

Conhecimento, técnicas e amor à profissão estão no DNA de boa parte daqueles que vivem do campo e fazem do país uma potência mundial na produção de alimentos. Em homenagem ao Dia dos Pais, celebrado no segundo domingo de agosto, Globo Rural reuniu algumas histórias contadas recentemente pela revista de pessoas que estão dando continuidade ao trabalho que muitos aprenderam com os pais ou avós. É a nova geração que faz a diferença e herdou a missão dos antecessores de alimentar o mundo, com sustentabilidade, respeito aos recursos naturais e inovação. Confira:

No município de Itaberá (SP), dados de chuva, temperatura e umidade no solo em diferentes profundidades chegam à sede da Fazenda Lagoa Bonita a cada 15 minutos. O local é comandado por Andréa Fellet Orsi (foto acima), suas duas irmãs e o pai. Com um software que indica a melhor hora para acionar os pivôs, com base nas tarifas de energia elétrica da cidade, eles conseguiram usar alta tecnologia na produção de soja, milho e trigo. “Esse tipo de ferramenta é extremamente necessária para nosso tipo de negócio, que cada vez mais precisa melhorar sua eficiência e ganhar em rendimentos. Usar mais tecnologia no campo é um caminho sem volta”, resume Andréa. Saiba mais sobre a Lagoa Bonita.

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Mariana Vasconcelos (Foto: Fernando Martinho/Ed.Globo)

 

Filha de produtores de café em Minas Gerais, Mariana Vasconcelos, de 25 anos, é a CEO da Agrosmart, startup que desenvolveu serviços que melhoram o monitoramento da lavoura pelo produtor. “Eu acompanhava a dificuldade do meu pai em tomar decisão, que era totalmente baseada na intuição, em bater o bico da bota para sentir o solo e analisar a umidade, ou ver o que o vizinho estava fazendo. Ele vivia preocupado. Pensei: tem de ter um jeito melhor”, ela contou. A solução desenvolvida por ela e mais dois colegas – Thales Nicoletti e Raphael Pizzi – fez com que a empresa recebesse prêmios da Nasa, do Google e o Raça Forte, da Ford, um dos destaques do Melhores do Agronegócio 2017, promovido pela Globo Rural. Conheça mais sobre a história dela e de outras startups no agro. 

Sarita Rodas, ao lado da mãe Maria Teresa Junqueira Rodas (Foto: Divulgação)

 

Um acontecimento triste levou Sarita Rodas à presidência do Grupo Junqueira Rodas: o pai dela, Fábio Rodas, havia falecido. Ela teve que deixar o sonho de se tornar promotora, e ao lado de uma irmã e da mãe, resolveu comandar a empresa que atua em lavouras de laranja, cana-de-açúcar e criação de gado. Sarita já declarou que seu pai não havia a preparado para lidar com algum possível preconceito em relação ao papel da mulher no campo. Para ela, o auxílio dos parentes é fundamental. “Como no setor agrícola as empresas são familiares, é preciso olhar não apenas da porteira para fora, mas também para dentro de casa.” Veja mais sobre a trajetória dela. 

Gabriel Bonato, ex-bancário, foi o campeão nacional de produtividade de soja da safra 2017/2018 com 127,01 sacas por hectare. (Foto: Divulgação)

 

O campeão nacional de produtividade de soja da safra 201/2018, com 127,01 sacas por hectare, foi Gabriel Bonato, ex-bancário de que voltou ao campo para administrar a pequena propriedade rural da família em Sarandi, no norte do Rio Grande Sul. “Decidi voltar para substituir meu irmão e hoje sou apaixonado pelo que faço”, disse. O produtor contou que investiu em adubação, correção de solo, manejo e proteção da planta em um talhão especial de 6 hectares que já vinha recebendo calcário desde que ele assumiu a fazenda de 110 hectares, que foi de seu avô e depois do pai. “Adoro tecnologia, visito feiras, investi em um conjunto de trator e plantadeira, e quero replicar para o restante da propriedade as técnicas usadas no talhão que meu deu o título.” Veja mais sobre a trajetória dele. 

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Maria Selma e o marido Afrânio em lavoura da Fazenda Recanto (Foto: Divulgação )

 

Agrônomo, o pai de Maria Selma Magalhães Paiva não gostaria que a filha se tornasse fazendeira, e foi contra quando ela decidiu cursar agronomia. "Ele queria que eu fizesse outra carreira, como medicina ou direito, algo que ajudasse a família de outra forma", ela falou. Mas não teve jeito. Em 1985, após se formar na faculdade, ela e o marido se mudaram para a propriedade cafeeira da família e passaram a ajudar nos negócios. Dez anos depois, quando o pai faleceu, ela assumiu a Fazenda Recanto, tornando-se representante da quarta geração de herdeiros da propriedade e símbolo de liderança feminina no agro. Saiba mais sobre sua história.

Tábata Stock (Foto:Editora Globo)

 

A vencedora do Prêmio Fazenda Sustentável 2017, organizado pela Globo Rural, foi a Fazenda Rio do Pedro, no Paraná. O dono da propriedade é Ernesto Stock, mas é sua filha, Tábata, quem comanda e gerencia as atividades da produção de grãos e pecuária. O negócio começou com o avó dela, e caminha de geração para geração. “Quando eu olho isso aqui, vejo o suor do meu avô e do meu pai”, orgulha-se. Quando assumiu a fazenda, contudo, não colheu tantas flores. “Todos estavam acostumados a lidar com meu avô, depois meu pai. De repente, chego eu, jovem, mulher, impondo metas e novos objetivos. Alguns nem me olhavam nos olhos”, comentou. Para mudar isso? Muito esforço, tempo, e claro, ajuda do pai, que conversou com os funcionários para que eles confiassem nela. Para ver como deu certo, conheça mais a história da fazenda. 

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Source: Rural

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