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Soja é a principal commodity agrícola exportada pelos Estados Unidos para a China. (Foto: Jonathan campos/Gazeta do Povo)

 

 

Um mercado cheio de emoções definiu o cenário para a soja nesta semana encerrada em 22 de junho. O estopim da Guerra Comercial entre Estados Unidos e China veio com o anúncio oficial de Trump na implementação de seu plano tarifário sobre produtos de origem chinesa, o qual está programado para ser efetivado em duas etapas.

Na primeira delas, a imposição de US$ 34 bilhões em tarifações é delineada para o início no dia 6 de julho – daqui a duas semanas. Na contrapartida, a pragmática China, que não sede ao jogo de pressão norte-americano, reponde na mesma moeda: “faremos o mesmo. Iremos retaliar Trump e implementar um plano tarifário de mesma magnitude e no mesmo dia contra os Estados Unidos”.

Só que nesta história, a soja, a commodity agrícola estadunidense mais exportada para o país asiático é um dos principais alvos desta retaliação. Agora, o mercado mundial da oleaginosa sangra com este embate político-comercial travado entre as duas principais economias do globo.

Os fundamentos básicos da composição de tendência são deixados de lado. A efetivação destas barreiras tarifárias no dia 6 de julho irá colocar uma nova pressão na soja. No entanto, lembro a você que qualquer possibilidade da reabertura das negociações entre Estados Unidos e China irá colocar uma fortíssima tendência de alta nos preços de curto-prazo. Agora, acredite.

Para o Brasil, ambas as possibilidades são favoráveis no longo prazo. Por um lado, prêmios de exportação se elevariam para níveis recordes, por outro, o mercado doméstico no país iria reagir às altas da CBOT.

*Mateus Pereira, é diretor da ARC Brasil

 
Source: Rural

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