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Gado Brangus. Registro da raça tem crescido, mas ainda pode estar aquém da realidade (Foto: Manuela Bergamin/Embrapa)

 

O crescimento no registro de bovinos Brangus tem sido forte, mas pode estar aquém da realidade da criação dessa raça no Brasil. É a avaliação do pesquisador Joal Brazzale Leal, da Embrapa Pecuária Sul, que também preside o conselho técnico da Associação Brasileira de Brangus (ABB).

“A maior parte destá nos rebanhos de produtores comerciais, que são a grande maioria no País, e somente as cabanhas especializadas em produzir animais com genética superior é que costumam registrá-los nas suas respectivas associações”, detalha ele, de acordo com o divulgado pela Embrapa.

O Brangus é resultado do cruzamento de animais das raças zebuínas, como Nelores e Brahman, e Aberdeen Angus. De acordo com a Embrapa, seu desenvolvimento uniu a rusticidade e a resistência do zebu à qualidade da carne, com maior marmoreio, dos taurinos.

Reconhecido como produtor de uma carne valorizada por mercados considerados exigentes, a raça tem sido cada vez mais registrada no território nacional. Só nos últimos dez anos, esse crescimento foi de 80%, de cerca de seis mil cabeças para 10,785 mil.

Desde quando a ABB iniciou as atividades, até 2016, foram regustrados cerca de 425 mil exemplares da raça. A entidade iniciou suas atividades em 1979, com o nome de Associação Brasileira de Ibagé (antigo nome dado a essa raça de bovinos). Em 1989, adotou a denominação atual.

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A maior parte do rebanho registrado está no Rio Grande do Sul. Mas o Brangus pode ser visto também em Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Goiás, Tocantins e Pará. O pesquisador Joal Brazzale Leal afirma que a criação da traça tem rendido milhões para a cadeia produtiva.

“Por ano, são vendidos cerca de dois mil touros Brangus de, em média, R$ 8 mil cada, o que dá R$ 16 milhões. As fêmeas, vendidas a R$ 3 mil por cabeça, são cerca de cinco mil, o que dá R$ 15 milhões. Isso sem mencionar as incontáveis vendas particulares. Há ainda que se adicionar à conta o processo do abate, do qual não se tem controle exato, mas se estima em algumas centenas de milhões de reais”, diz ele, de acordo com a Embrapa.
Source: Rural

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