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A Agroconsult revisou para baixo sua projeção para a colheita de milho de verão no Brasil, semeado a partir de agosto do ano passado. A consultoria prevê a colheita de 24,5 milhões de toneladas, volume 16,4% abaixo das 29,3 milhões de toneladas estimadas em setembro e próximo das 25 milhões de toneladas colhidas na safra passada.

Em setembro, a consultoria previa a produtividade recorde de milho de 95,7 sacas por hectare e agora projeta 80,3 sacas por hectares. Os dados atualizados foram divulgados nesta quinta-feira (13/1), durante coletiva de apresentação de mais uma edição do Rally da Safra, expedição que percorre os principais polos agrícolas do país para mensurar no campo, por amostragem, o potencial das lavouras.

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Rio Grande do Sul teve uma quebra de produtividade de 53%, segundo a Agriconsult (Foto: Ernesto de Souza/Ed. Globo)

 

 

As maiores perdas de milho provocadas pela forte estiagem foram registradas no Rio Grande do Sul. A Agroconsult prevê uma quebra de 53% produtividade nas lavouras gaúchas de milho, para 60,5 sacas por hectare, ante o recorde histórico previsto em setembro de 128,8 sacas por hectare. Segundo Debastiani, o clima começou a ficar irregular em novembro e culminou com a estiagem de dezembro, quando parte da área começou a ser colhida para silagem, a ser erradicada para ser substituída pela soja, ou deixada no campo para aguardar a perícia para a liberação do seguro.

No Paraná, as perdas nas lavouras de milho foram estimadas pela Agroconsult em 15%. A produtividade que era projetada em 164 sacas por hectare em setembro, agora está estimada em 140 sacas por hectare.  Em Santa Catarina, a quebra de produtividade do milho foi de 24% para 110 sacas por hectare, ante às 148 sacas por hectare previstas em setembro.

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Na avaliação de André Pêssoa, a situação de abastecimento de milho deve ser apertada no primeiro semestre, por causa da quebra da safra de verão, mas as perspectivas são aumento de 1 milhão de hectares  no plantio do milho safrinha, que começa a ser semeado na sequência da colheita da soja. A Agroconsult prevê aumento de 56% na produção do milho de segunda safra, para 94,8 milhões de toneladas, o que resultaria na oferta total de 119, 4 milhões de toneladas.

Pêssoa observa que, no caso do Paraná, a safra de soja foi mais curta, por conta das altas temperaturas, deve favorecer o plantio do milho safrinha dentro da janela ideal de plantio e antecipar a  colheita em pelo menos um mês, o que contribuirá para regularizar o a oferta do cereal para atender o setor de proteínas animais. Ele também descarta problemas  no abastecimento de soja, mas observa que as exportações da oleaginosa não devem atingir as projeções iniciais que indicavam 92 milhões de toneladas e ficar na faixa das 86 milhões de toneladas.

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Source: Rural

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