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A Universidade de Oxford disse nesta terça-feira que não há evidências de que as vacinas contra o coronavírus não prevenirão doenças graves da variante ômicron, mas acrescentou que está pronta para desenvolver rapidamente uma versão atualizada de sua vacina produzida com a AstraZeneca, caso necessário. O chefe da farmacêutica Moderna disse que o imunizante contra a Covid-19 provavelmente não seria tão eficaz contra a variante, o que sacudiu os mercados globais.

Ampolas vazias da vacina da AstraZeneca, desenvolvida em parceria com a Universidade de Oxford (Foto: REUTERS/Sergio Perez)

 

A Universidade de Oxford disse que há dados limitados sobre a ômicron até agora e que avaliará cuidadosamente o impacto da variante em sua dose, em linha com uma declaração da AstraZeneca na semana passada.

"Apesar do aparecimento de novas variantes no último ano, as vacinas continuaram fornecendo níveis muito altos de proteção contra doenças graves e não há evidências até agora de que com a ômicron seja diferente", disse em um comunicado.

"No entanto, temos as ferramentas e os processos necessários para o rápido desenvolvimento de uma vacina atualizada contra a Covid-19, caso seja necessário."

O presidente-executivo da farmacêutica Moderna disse que as vacinas contra Covid-19 dificilmente são tão eficazes contra a variante ômicron do coronavírus quanto são contra outras, provocando uma nova preocupação sobre a trajetória da pandemia nos mercados financeiros.

"Não existe um mundo, acho, onde (a eficácia) é do mesmo nível… que tivemos com a delta", disse o presidente-executivo da Moderna, Stéphane Bancel, em uma entrevista ao jornal Financial Times.

"Acho que será uma queda palpável. Só não sei o quanto, porque precisamos esperar pelos dados. Mas todos os cientistas com os quais converso… dizem coisas do tipo 'isto não será nada bom'."

A resistência à vacina pode provocar mais doenças e hospitalizações e prolongar a pandemia, e os comentários de Bancel desencadearam vendas de ativos expostos ao crescimento, como petróleo e ações.

Bancel acrescentou que o número alto de mutações na proteína spike que o vírus usa para infectar células humanas significa que provavelmente a leva atual de vacinas teria que ser modificada.

Anteriormente, ele disse ao canal CNBC que pode levar meses para se começar a despachar vacinas que funcionem contra a ômicron.

O temor da nova variante, apesar da falta de informações sobre sua gravidade, já provoca atrasos em alguns planos de reabertura econômica e a reimposição de alguns restrições a viagens e à circulação.
Source: Rural

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