Skip to main content

Os Estados Unidos veem o Brasil como aliado em matéria de energias renováveis, afirmaram especialistas durante o Summit Brazil Green Grid 2021. O evento foi realizado nesta terça-feira (26/10) para discutir a importância de se investir mais no uso de energia limpa para o processo de descarbonização da economia mundial. Representantes dos dois governos, além da iniciativa privada, trataram da urgência da transição global para uma economia de baixo carbono.

“Vocês não têm ideia de quanto o Brasil é sortudo, com sol, vento e água à disposição, conseguindo diversificar os recursos para essa energia limpa e escalável”, comentou Angelina Galiteva, especialista para assuntos de energia e mudanças climáticas da Embaixada dos Estados Unidos no Brasil.

Terron Hill, diretor de desenvolvimento de energia limpa da National Grid, dos Estados Unidos, afirmou que não há como reduzir a emissão de gases de efeito estufa sem energia renovável. Em seu ponto de vista, o momento de descarbonização da economia é uma oportunidade. E o Brasil ainda tem a possibilidade de tornar a matriz energética mais limpa viável em larga escala.

saiba mais

“Desmatamento é o maior desafio do Brasil na COP-26”, diz embaixador britânico

 

Projeto de energia solar na Fazenda Rincão, Nova Mutum (MT) (Foto: Valdinei Rodrigues de Brito)

 

Isto é possível com a diversidade brasileira de recursos de geração de energia, como eólica, solar e hidrelétrica, destacou David Mooney, diretor-executivo do Laboratório Nacional de Energia Renovável, também dos Estados Unidos. No entanto, para que o Brasil saiba aproveitar esta vantagem competitiva, Mooney ressalta que é preciso juntar mercado e regulação, pois o momento também pede transparência e segurança jurídica.

saiba mais

Produção agrícola Produção agrícola mais sustentável pode gerar US$ 70 bilhões por ano em investimentos para o Brasil

 

Segundo Bruno Eustáquio de Carvalho, secretário-executivo adjunto do Ministério de Minas e Energia (MME), os americanos investiram US$ 31 bilhões em cooperação com o Brasil nos últimos dois anos visando esta agenda verde, sendo 26% do valor usado para pesquisa e desenvolvimento no setor de energia renovável.

David M.Turk, vice-secretário do Departamento de Energia dos Estados Unidos, disse que os americanos estão em busca de reduzir o uso de combustíveis fósseis em 80% em uma década. E a energia limpa poderá ser usada para diferentes finalidades, como transporte e alimentação. Turk afirmou ainda que “ficou impressionado com como o Brasil está movimentando sua indústria para prover energia limpa em larga escala”.

Vocês não têm ideia de quanto o Brasil é sortudo, com sol, vento e água à disposição, conseguindo diversificar os recursos para essa energia limpa e de larga escala

Angelina Galiteva, especialista para assuntos de energia e mudanças climáticas da Embaixada dos Estados Unidos no Brasil

saiba mais

Amazônia é contribuição fundamental do Brasil ao combate às mudanças climáticas, diz secretário-geral da ONU

 

 

Leia mais matérias sobre sustentabilidade no site da Globo Rural

Angelina Galiteva, da Embaixada dos Estados Unidos no Brasil, acrescentou que seu país está sedento sedentos pela transição da matriz energética. Galiteva ainda comentou que armazenar energia limpa ainda é um desafio, mas também se torna um horizonte de oportunidade para empreender e se adequar à economia verde.

“Queremos garantir energia limpa, de acordo com a descarbonização do mundo, 24 horas por dia 365 dias por ano. E não temos que fazer apenas pela eletricidade, mas também por viabilizar outras indústrias", disse. 

saiba mais

Amazônia chegou ao ponto de não se sustentar? Estudos revelam alertas

 
Source: Rural

Leave a Reply