Os ajustes feitos nas linhas de crédito do Fundo de Defesa da Economia Cafeeira (Funcafé) para a recuperação de lavouras afetadas pelas geadas ajudará na recuperação do setor. A avaliação foi feita, em nota, pelo presidente da Comissão Nacional do Café, da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), Breno Mesquita. A decisão foi aprovada na quinta-feira (21/10) pelo Conselho Monetário Nacional (CMN).
Lavoura de café atingida por geada na região da Alta Mogiana, no interior de São Paulo (Foto: Andre Cunha/Arquivo Pessoal)
“Como o seguro rural ainda é pouco difundido e as geadas afetaram fortemente os produtores de café do país, o financiamento com o ajuste dos valores e dos prazos tornam-se extremamente necessários para que os cafeicultores e a cafeicultura brasileira tenham condição de se recuperarem desse evento climático, com sustentabilidade econômica”, afirmou Mesquita.
No comunicado, a CNA destaca que a decisão do Conselho atende a demanda dos produtores. A depender do nível de dano, os cafeicultores podem tomar em crédito até R$ 25 mil por hectare para a recuperação das lavouras. A situação, lembra a Confederação, vem sendo debatida entre governo e setor produtivo desde a ocorrência das geadas.
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Segundo a CNA, terão acesso ao financiamento os produtores que tiveram, no mínimo, 10% de área afetada. É preciso cumprir o Zoneamento Agrícola de Risco Climático (ZARC) e apresentar laudo técnico emitido por engenheiro agrônomo credenciado pelo agente financeiro ou empresa estadual de assistência técnica.
"A formalização da solicitação do crédito deve ser efetuada até dez meses após o evento e a linha contará com taxa de juros de 7% ao ano. Os prazos, carência e limite por hectare, seguiram a recomendação do Conselho Deliberativo da Política do Café (CDPC) estão disponíveis na tabela abaixo de acordo com a modalidade de poda a ser executada na área", informa a CNA.
Source: Rural