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Aplicações de produtos químicos com drones para o combate dos psilídeos, insetos transmissores do greening nas plantações de citros, mostraram eficácia de 80%, segundo pesquisa desenvolvida pelo Fundo de Defesa da Citricultura (Fundecitrus) em parceria com a startup Anáhata Serviços Agronômicos.

Nota divulgada nesta quarta (20/10) pelo Fundecitrus, associação privada mantida por citricultores e indústrias de sucos, diz que o trabalho é pioneiro  porque não há registro do uso de drone para o controle químico do psilídeo na citricultura ocidental.

Greening não tem cura e é considerado a maior ameaça global à citricultura (Foto: Reprodução/Programa Globo Rural)

 

O levantamento anual de greening mostra que a doença mais crítica dos laranjais atinge atualmente 43 milhões de árvores ou 23,7% dos laranjais do cinturão agrícola do país. É o maior patamar de incidência desde a identificação da doença no país, em 2004. Como o greening não tem cura e o único combate é erradicar as árvores, pesquisas buscam ferramentas para evitar a infecção de novas plantas.

Para o pesquisador do Fundecitrus Marcelo Miranda, responsável pelo estudo, o drone é mais uma alternativa dentre as medidas recomendadas, aliando ciência e tecnologia. “O drone traz um tanque de pulverização acoplado a sua estrutura e pode complementar as pulverizações terrestres feitas com tratores e substituir os aviões em algumas situações, agregando novas possibilidades ao citricultor.”

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Ele cita ainda que o drone tem o diferencial de alcançar talhões de difícil acesso, faixas de borda e também se destaca em aplicações de emergência, que precisam ser feitas rapidamente, como após períodos de chuvas intensas, que removem os produtos e deixam as plantas desprotegidas, e em caso de pico populacional do psilídeo, que pode implicar em dificuldades operacionais por exigir deslocamento rápido de equipamentos que estejam em uso para o manejo de outras pragas e doenças.

Além disso, o drone requer menor investimento e infraestrutura em relação a aviões, por não precisar de pista de pouso, beneficiando pequenos e médios citricultores. E também beneficia o meio ambiente, pois não há queima de combustível fóssil.

“É mais um passo para a manutenção da sanidade, competitividade e sustentabilidade da citricultura brasileira. A tecnologia já está validada e o produtor que quiser utilizá-la pode buscar uma empresa especializada para adquirir um drone ou alugar o serviço”, diz o pesquisador.

O uso de drones para a agricultura foi regulamentado em setembro deste ano pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), após três anos de discussões.
Source: Rural

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