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Operadores do mercado brasileiro e internacional estão cada dia mais cientes dos efeitos nocivos das secas e das geadas sobre os cafezais, com consequências sobre a produção futura. É o que explica a alta acumulada nas cotações do café na bolsa de Nova York nesta semana, de acordo com boletim do Escritório Carvalhaes.

Lavoura de café atingida por geada, em Minas Gerais. Mercado olha com preocupação os efeitos do clima adverso sobre os cafezais do Brasil para as safras fruturas (Foto: Emater/MG)

 

Na sexta-feira, os principais contratos do arábica na bolsa americana (Ice Futures US) terminaram o dia em quedas em torno de 380 pontos (US$ 0,038). O vencimento para setembro encerrou o dia cotado a US$ 1,8275 por libra-peso (-380). Dezembro fechou a US$ 1,8575 por libra-peso (-385), depois de atingir US$ 1,9050 ao longo do dia.

“As cotações recuaram hoje (sexta-feira, 13 de agosto) com realização de lucros por especuladores, tendo como pano de fundo as “preocupações no mercado” com a possibilidade da nova variante Delta levar a um agravamento da pandemia no hemisfério norte”, analisa o Escritório Carvalhaes.

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Mas isso não impediu a valorização acumulada da semana, destaca o Escritório Carvalhaes. O contrato para setembro, por exemplo acumulou alta de 675 pontos (US$ 0,0675) em relação ao fechamento da sexta-feira anterior (6/8), quando fechou cotado a US$ 1,76 por libra-peso. No contrato de dezembro, a alta semanal foi de 670 pontos (US$ 0,067) na mesma comparação. No dia 6 de agosto, o fechamento foi de US$ 1,7905.

“À medida que os dias vão passando, os operadores no mercado brasileiro e no internacional se conscientizam mais dos estragos para a safras brasileiras de café em 2022 e em 2023, em decorrência da prolongada seca e das três frentes frias do último mês de julho”, ressalta a empresa.

No mercado físico brasileiro, o comportamento nesta semana foi semelhante às anteriores. Compradores demonstrando interesse em adquirir o produto, tanto arábica quanto conilon, com as ofertas acompanhando também a movimentação da taxa de câmbio. No entanto, os vendedores se mantiveram em compasso de espera, preferindo esperar um cenário mais claro para vender seu café.

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“Os fundamentos sólidos já os mantinham cautelosos antes da chegada das frentes frias de julho último. (Os produtores) Estão mantendo a posição defensiva, preferindo aguardar um quadro mais claro para vender café. O mercado é fortemente comprador para arábica e conilon, mas nas bases de preços oferecidas são poucos os cafeicultores dispostos a vender”, diz o Escritório Carvalhaes.

Em meio a este cenário, um saca de 60 quilos de um cereja descascado de bom preparo teve preços variando de R$ 1050 a R$ 1150. Um café classificado como fino a extrafino da região da Mogiana e de Minas Gerais foi cotado entre R$ 1050 e R$ 1150 a saca. Mesmo cafés considerados mais duros, de xícara mais fraca tem cotações em níveis elevados, variando de R$ 920 a R$ 950 a saca de 60 quilos.
Source: Rural

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