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Impactada pela forte alta nos custos de produção e exportação de carne de frango e suína a partir do Brasil, o que gerou um prejuízo de R$ 199 milhões no último trimestre, a BRF espera retomar as margens positivas apresentadas até o início deste ano com a alta nas cotações ao longo do próximo semestre.

Durante teleconferência com analistas e investidores, o presidente da companhia, Lorival Luz, destacou que “a perspectiva para o segundo semestre é de uma retomada da economia e uma retomada também do consumo”.

Logo da BRF na sede da empresa em Curitiba (Foto: REUTERS/Rodolfo Buhrer)

 

“Se você olhar o mercado externo, essa adequação [de preços], principalmente nos EUA, ela foi mais rápida e mais eficiente. Já no Brasil, isso ainda não aconteceu. Precisa de mais uma adequação para que esse equilíbrio se reestabeleça”, explicou o executivo ao ressaltar que o cenário atual é “insustentável”.

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“O produtor está num momento em que a margem é insustentável para ele continuar crescendo e aumentando a oferta para atender a demanda. Então, essa adequação tem que ocorrer, ela vai ocorrer, para a própria sustentabilidade e para o próprio equilíbrio do atendimento da demanda”, completou Luz.

Nas exportações, a companhia não escapou da crise logística internacional – o que também pressionou as margens do último trimestre diante da dificuldade de encontrar contêineres e no aumentos dos custos de frete internacional.

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“Isso tem feito com que a gente se organize melhor, mas tem acontecido, sim, impactos de embarques de uma semana pra outra, de um mês pra outro. Isso tem acontecido, além do aumento de custos dos contêineres e do transporte marítimo de forma geral”, lembrou o presidente da companhia.

Já o vice-presidente de mercado Brasil da BRF, Sidney Manzaro, classificou o contexto de alta de custos enfrentado pela empresa no último trimestre como “sem precedentes” e reforçou que os objetivos da companhia, mesmo após o resultado negativo do último trimestre, seguem os mesmos.

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“O que vejo daqui pra frente é um mercado já equalizado, com os estoques já dentro da normalidade, para que nós possamos, sim, repassar o efeito dos custos e consequentemente reestabelecer as nossas margens históricas”, afirmou o executivo.
Source: Rural

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