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A agricultura é uma das mais antigas atividades econômicas praticadas pelo homem. São cerca de 12 mil anos desde que os humanos começaram a dominar as técnicas de cultivo de alimentos, uma ação determinante para permitir que ele se estabelecesse em sociedade.

A humanidade evoluiu, a agricultura, também. E observar essa evolução é o que nos abre as portas para o futuro. Durante milênios, observamos a natureza para aprender com ela. Hoje, suas lições nos oferecem caminhos para fazer da agricultura uma atividade ainda mais segura, produtiva e, sobretudo sustentável.

 

É nos ciclos, às vezes invisíveis, da vida nas lavouras que, nas últimas décadas, a ciência tem se debruçado para desenvolver o conhecimento que está redefinindo a produção agrícola. Em termos históricos, pode-se dizer que a indústria dos insumos biológicos vive sua infância. Em termos de impacto, trata-se de um jovem vibrante e transformador.

A adoção desses insumos cresce de forma acelerada no Brasil. Um estudo realizado pela consultoria Blink Projetos com a CropLife estima que o mercado de produtos biológicos deve triplicar até 2030, atingindo a cifra de R$ 3,7 bilhões. Apenas na última safra, seu uso atingiu uma área 20% maior que na anterior, revelando a preocupação cada vez maior do produtor brasileiro com um manejo ambientalmente responsável.

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A demanda crescente exige do setor um investimento cada vez maior em pesquisa e desenvolvimento, principalmente quando se fala de superar os desafios da agricultura tropical. Na última década, vivemos um período de maturação e acumulação de conhecimento. Saímos de um mercado praticamente amador, com pouca disponibilidade de produtos, para um ambiente profissional e mais competitivo.

A Koppert Biologycal Systems, líder global nesse mercado, comemora, agora em 2021, seu décimo ano de atuação no Brasil. Dez safras de intensa atividade que contribuíram para o amadurecimento do conceito de manejo integrado de pragas nas lavouras brasileiras.

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Nesses dez anos, incorporou conhecimento e desenvolveu tecnologias que quebraram paradigmas sobre o uso de insumos biológicos em ambientes e escalas bem diferentes da que encontrava em outros mercados.

Hoje, temos a certeza de que o potencial de crescimento no uso de biológicos é enorme, mas isso implica em gerar cada vez mais tecnologia específica para ser aplicada às situações únicas da agricultura tropical brasileira, ao invés de sermos apenas replicadores de soluções desenvolvidas longe daqui.

No SPARCBio, já estão brotando novos produtos biológicos, como por exemplo um defensivo específico para o controle da ferrugem asiática da soja e um macroorganismo para controle de percevejos, para citar duas das soluções que estão sendo aprimoradas nos novos laboratórios

Renata Morelli

As sementes do futuro dos insumos biológicos no Brasil estão plantadas em terreno fértil. No ano passado, em parceria com a Esalq-USP e a Fapesp, a Koppert Brasil criou o São Paulo Advanced Research Center for Biological Control (SPARCBio), com o objetivo de desenvolver um novo modelo de manejo integrado de pragas e de doenças que afetam a agricultura tropical.

No SPARCBio, cerca de 50 pesquisadores, de diversas universidades e instituições de pesquisa do Brasil e do exterior, estão envolvidos em pesquisas voltadas à prospecção de novos agentes de controle biológico. É um projeto para uma década, que já faz inovação desde a sua implantação: pela primeira vez uma empresa privada constrói uma instalação própria dentro do campus da Esalq-USP em Piracicaba (SP).

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Vivemos novos tempos, em que a agenda sustentável nos pede soluções únicas. Quebramos uma barreira e, em pouco tempo, começamos a obter resultados. No SPARCBio, já estão brotando novos produtos biológicos, como por exemplo um defensivo específico para o controle da ferrugem asiática da soja e um macroorganismo para controle de percevejos, para citar duas das soluções que estão sendo aprimoradas nos novos laboratórios.

Assim, potencializando o conhecimento e aproximando a academia do mercado e das necessidades do produtor, produziremos o futuro da tecnologia viva que transforma o agro.

*Renata Morelli é vice-diretora do SPARCBio, sigla em inglês para Centro de Pesquisa Avançada em Controle Biológico de São Paulo.

As ideias e opiniões expressas neste artigo são de responsabilidade do seu autor e não representam, necessariamente, o posicionamento editorial da Revista Globo Rural.

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Source: Rural

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