Skip to main content

Café, cana e milho foram as culturas mais afetadas pelas geadas dos dias 19 e 20 de julho no Estado de São Paulo, segundo levantamento da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo (Faesp) com base em relatos das regionais. Houve prejuízos também nas pastagens e cultivos de citros, grãos, frutas e hortaliças.

Plantação de cana-de-açúcar em Ribeirão Preto (SP), no cinturão de produção de açúcar do país (Foto: Marcelo Teixeira/Reuters)

 

No milho, as maiores perdas foram relatadas nas regiões do Médio Paranapanema e no sudoeste. As plantações que estavam em fase de enchimento de grãos devem ter uma quebra de produtividade em torno de 70%. Nas lavouras em estágio mais avançado, a redução no potencial produtivo pode alcançar entre 20% e 30%.

Nas lavouras de café, a estimativa é que de 10% a 20% da área nas principais regiões produtoras do Estado foram atingidas. Os danos foram mais intensos nas lavouras novas, em áreas de plantios nas baixadas, mas nem as plantações mais maduras saíram ilesas. “Isso deverá repercutir em menor rendimento e qualidade dos grãos na próxima safra, com o aumento de grãos pretos e verdes”, diz o comunicado da entidade.

saiba mais

Geada intensa nesta quinta ameaça lavouras pelo Brasil e preocupa produtores

Geadas afetaram 156 mil hectares em Minas Gerais, estima Emater

 

Na cana, o maior comprometimento, segundo a Faesp, ocorreu na região de Ourinhos, com 15% de perdas, especialmente nas áreas com renovação e com brotação nova. A geada deve afetar também o teor de ATR nas áreas que estavam prestes a ser colhidas.

Cerca de 9.300 hectares de hortaliças ou 15% da área do Alto Tietê Paulista foram atingidos pela geada, o que representa prejuízo para aproximadamente 2.000 produtores. Além de redução na quantidade produzida, houve perdas também na qualidade dos produtos. Nas regiões do Médio Paranapanema e Noroeste Paulista, as perdas estimadas passam de 50%.

As pastagens também foram queimadas, segundo o levantamento, impactando ainda mais a perda de massa que já sofria o efeito da seca. Com isso, os pecuaristas terão que suplementar a ração dos animais, gerando possível aumento de custos na produção de carne e leite. Os produtores de leite em sistemas semi-intensivos na microrregião de Avaré relataram quebra de 30% a 50% na produção em um período de apenas três dias.
Source: Rural

Leave a Reply