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Um jato e um turboélice que podem operar em pistas curtas e até mesmo não pavimentadas ou com grama e areia são as apostas da Amaro Aviation para conquistar a clientela do agronegócio. A empresa de aviação executiva anunciou estar trazendo para o mercado brasileiro duas aeronaves de fabricação suíça, com a intenção de ampliar o conceito de compartilhamento, através da aquisição de cotas de uma aeronave. Desta forma, quem compra uma cota tem autorização para voar em seu próprio avião de acordo com suas necessidades.

Pilatus PC-24, avião gerido pela Amaro Aviation através do compartilhamento de aeronaves (Foto: Divulgação)

 

“Financeiramente falando, a decisão mais lógica para o homem do agro ou qualquer empresário executivo, é que você tenha uma parte da propriedade de um avião e use as horas que você precisar. Nós vendemos oito cotas por aeronave, cada uma dá direito a 100 horas por ano, o que é muito mais que a média brasileira de voo, de 70 horas. Você compra uma propriedade compartilhada, paga 1/8 do avião, 1/8 da despesa e usa 100 horas”, explica David Barioni, CEO e sócio da Amaro Aviation

Barioni conta que esse modelo de negócios já funciona há 57 anos fora do Brasil e teve início nos EUA. Por aqui, não funcionava em razão da burocracia de propriedades compartilhadas de bens móveis, recentemente resolvida pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). Antes, explica o executivo, se um veículo é compartilhado e um dos cotistas faz algo que gere um passivo, os outros acabam sendo responsabilizados também.

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Com a mudança na regra, a Anac trouxe para o país a “subparte K”, que cria a figura de administrador da propriedade. “A Amaro foi a primeira empresa a se adequar a isso. O administrador fica responsável por toda situação relativa ao avião. Operação, vínculos trabalhistas, cível, criminal, qualquer ocorrência. O proprietário tem que cuidar do negócio e da fazenda dele. Do avião, nós cuidamos.”

Atualmente, o Brasil é o segundo maior mercado de aviação de negócios do mundo, atrás somente dos EUA. Ainda sim, Barioni afirma que o sistema está muito longe de conseguir atender todos os cantos do país. O Brasil tem pouco mais de 5.500 municípios, sendo que destes, 4.400 têm pistas, “porém a aviação comercial só opera em 122 aeroportos. Se você tem uma fazenda fora da capital, você tem grandes problemas de logística”. Dentre todas as pistas, 2.000 não são pavimentadas.

“Para o homem de negócios, o avião é uma ferramenta de trabalho como se fosse um trator, uma plantadeira. É uma maneira de gerenciar e ganhar tempo e aumentar a produção”, afirma o executivo.

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Os aviões

O Pilatus PC-12 é um turboélice projetado para operar em pistas curtas e sem pavimentação, que comporta até dois pilotos e seis passageiros. Deve chegar ao Brasil em novembro. O Pilatus PC-24 é um jato executivo com as mesmas possibilidade de operação do turboélice, porém até 25% mais veloz. Foi o primeiro para venda no sistema de propriedade compartilhada a chegar ao Brasil, no dia 29 de junho. 

Pode operar em qualquer fazenda do Brasil, e voar para qualquer lugar, inclusive para o exterior. É uma ferramenta de trabalho espetacular para o homem do campo"

David Barioni, CEO e sócio da Amaro Aviation

Para adquirir as cotas das aeronaves compartilhadas, o interessado precisa desembolsar US$ 1,750 milhão para uma cota do PC-24, com custo de US$ 2.700 por hora de voo. Para o PC-12, uma cota sai por US$ 880 mil, com custo de US$ 1.650 por hora de voo. Cada cota dá o direito de 100 horas de voo por ano.

“A decisão do cotista deve ser baseada na velocidade da aeronave. O PC-24 é 20%, 25% mais rápido que o PC-12. Se são feitas muitas etapas longas, o jato deve te atender, mas claro, o turboélice atende também, voos internacionais e tudo que o PC-24 faz, só que um pouco mais lento”, finaliza.

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Source: Rural

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