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O ministro da Infraestrutura, Tarcisio Gomes de Freitas, defendeu, sem seu perfil no Twitter, a sustentabilidade do projeto da Ferrogrão, ferrovia que ligará o município de Sinop (MT) a Miritituba (PA) destinada ao escoamento da safra agrícola do Centro-oeste para o Norte do Brasil. Ele tratou do assunto ao comentar reportagem do jornal O Globo, segundo a qual ativistas estão pressionando bancos a não dar crédito para a construção da estrada de ferro, que será concedida à iniciativa privada.

Tarcísio Gomes de Freitas, ministro da Infraestrutura (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

 

“O Brasil é o único país do mundo em que é preciso se esforçar para explicar que uma ferrovia é sustentável. A alternativa à Ferrogrão é a duplicação da BR-163/PA, por onde sobem hoje 2.000 caminhões por dia”, disse o ministro na postagem.

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Na sequência, o ministro argumenta que, na maior parte do seu traçado, a Ferrogrão vai utilizar a faixa de domínio da própria BR-163. Segundo ele, é uma área já degradada e que será recuperada. A rodovia, no trecho entre Sinop e Miritituba, teve sua concessão leiloada à iniciativa privada na semana passada.

“Ferrovia funciona como muro verde contra especulação fundiária na região e tira 1 mi de ton. de CO2 do céu da Amazônia substituindo o modo rodoviário”, disse Freitas, reiterando o que havia dito em entrevista depois do leilão de concessão da 163.

(Foto: Reprodução/Twitter)

 

De acordo com a reportagem do Globo, um grupo com cerca de 40 entidades da sociedade civil e de pesquisa enviará uma carta com alerta a bancos e instituições financeiras. Nas contas dessas entidades, a obra pode gerar um desmatamento que seria do tamanho da cidade de São Paulo, além de afetar comunidades indígenas e estimular ocupação ilegal e conflitos fundiários.

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“O traçado proposto pelo projeto cruza uma área sensível da Amazônia brasileira, marcada por conflitos fundiários — e que está sob escrutínio internacional", afirmam as entidades no documento, segundo o jornal.
Source: Rural

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