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A partir de setembro deste ano, a fiscalização agropecuária no Paraná contará com uma nova arma contra a venda de agrotóxicos ilegais no Estado: espectrômetros. Os equipamentos foram adquiridos por meio de um Termo de Compromisso de Cooperação Ambiental (TCCA) firmado após uma operação de combate à comercialização desses produtos. O equipamento permitirá reduzir de semanas para poucos segundos a análise dos materiais suspeitos fiscalizados pelo Ministério da Agricultura (Mapa), da Polícia Federal (PF) e da Agência de Defesa Agropecuária local (Adapar).

Espectrômetro em teste no Paraná foi adquirido por meio de Termo de Compromisso de Cooperação Ambiental (TCCA) firmado após operação de combate à venda ilegal de agrotóxicos pela internet (Foto: Divulgação)

 

“É como se nos fossemos diagnosticar a Covid-19. Qualquer teste rápido, mesmo que não seja 100% de certeza, mas que dê alguma informação e detecte a covid, é importante. E é igual aos agrotóxicos”, explica o responsável pelo projeto que cria o Sistema de Triagem Rápida de Agrotóxicos e Resíduos (Sitrar), Marcelo Bressan.

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Ao todo, R$ 950 mil foram destinados à criação do sistema, dos quais R$ 500 mil foram para a aquisição de três espectrômetros. O valor foi pago por um site de vendas online autuado na segunda fase da operação Operação Webcida, realizada em 2019.

De acordo com o engenheiro agrônomo, é a primeira vez que o equipamento é utilizado com esta finalidade no país. Ele espera que, a partir dos resultados obtidos no Paraná, outros órgãos de fiscalização passem a investir na mesma tecnologia.

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“A gente quer que o equipamento dê as respostas que a gente prevê e que se amplie isso. E aí, são vários os usos. Por isso, nós temos o compromisso de usar o equipamento e mostrar que ele realmente dá reposta”, aponta Bressan.

No caso da fiscalização agropecuária federal, a expectativa é de que o espectrômetro ajude a identificar também os resíduos de agrotóxicos em lavouras ou produtos já colhidos e, assim, diagnosticar não só o uso de produtos ilegais, mas também o mau uso de produtos já autorizados pelo Ministério da Agricultura.

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“A gente não quer agir por agir, para ter números de autos de infração. Nós queremos é que não haja mais produtos em ilegalidade. E quando o órgão de fiscalização tem ferramentas para combater isso, os infratores já têm mais dificuldade para ter sucesso na sua empreitada”, afirma Bressan.

Além dos três kits de análise rápida de agrotóxicos – dispostos em maletas contendo o espectrômetro portátil, materiais para coleta e o notebook interligado ao equipamento – o projeto contará com uma cota de análises confirmatórias de agrotóxicos, que serão realizadas no laboratório do Instituto de Tecnologia do Paraná (Tecpar), em Curitiba.

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“Todo mês praticamente a gente tem uma operação que envolve a fiscalização de agrotóxicos e quando se tem por trás uma ferramenta dessas, a gente torna a operação ainda mais efetiva”, diz o responsável pelo projeto.
Source: Rural

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