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Mato Grosso será o próximo estado a contar com o Programa de Serviços Ambientais (PSA) Soja Brasil, iniciativa promovida pela empresa Sumitomo Chemical em parceria com a organização não-governamental Aliança pela Floresta Tropical (TFA, na sigla em inglês). O programa tem como objetivo testar precificação e metodologias de três serviços ambientais: fixação de carbono no solo, preservação de água e biodiversidade.

As cinco propriedades rurais que participam do projeto estão localizadas no município de Campos de Júlio (distante 550 km de Cuiabá, no oeste mato-grossense) e os agricultores selecionados já receberam a visita de técnicos do programa para o levantamento dos dados.

Sistema de integração entre áreas de árvores e pastagens (Foto: Cristiano Borges/Ed. Globo)

 

Segundo os organizadores, as unidades somam mais de 19 mil hectares, sendo 12.323 hectares de área produtiva e 7.414 hectares de vegetação nativa. O PSA Soja Brasil visa aprimorar e dar mais escalabilidade às metodologias de quantificação e precificação de pagamento por serviços ambientais, levando em conta os aprendizados da primeira versão do projeto no Maranhão.

O diretor-geral da Sumitomo Chemical no Brasil, Fernando Manzeppi, destaca que a sustentabilidade é um dos valores da empresa, que tem mais de 100 anos de história. “A nossa companhia é referência global em soluções híbridas e sustentáveis para o agronegócio e para os agricultores. A sustentabilidade está no nosso DNA”, afirma.

Coordenador do projeto, Marco Fujihara explica que o PSA Soja Brasil no Mato Grosso terá duração de sete meses, sendo concluído em novembro deste ano. Ele afirmou que, se qualificável, o agricultor terá como benefícios um reconhecimento financeiro pelos serviços ambientais prestados, um relatório do talhão da propriedade fornecido por uma plataforma digital e a certificação de participação.

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Os pagamentos acontecem pela disponibilidade hídrica na propriedade, pelo carbono elementar no solo e pela manutenção da biodiversidade nas áreas de preservação permanente e de reserva legal.

Eduardo Caldas, coordenador da TFA Brasil, conta que a aplicação do projeto em Mato Grosso é a continuidade do piloto PSA Soja Brasil que acontece no Maranhão. “Apesar de haver mais de 300 iniciativas de PSA inventariados no mundo, ainda estão sendo desenvolvidos mecanismos a serem usados pelo setor de soja para incentivar os produtores a conservar uma parte da sua propriedade”, explica.

Na primeira edição no Maranhão realizado na safra agrícola passada, o projeto cobriu 50 propriedades no sul do Estado. O projeto promoveu a conservação, o uso sustentável de recursos naturais e deverá em breve reconhecer financeiramente os serviços ambientais prestados pelos produtores envolvidos. A manutenção dos serviços ambientais também diferencia a propriedade dos agricultores, agrega valor ao seu produto e aumenta a produtividade da área.

Nesta nova edição, em Mato Grosso, o programa conta com o apoio e a presença de importantes empresas nacionais, como a Jacto e Solinfitec, que testam novas tecnologias e metodologias digitais inovadoras para coleta de dados.

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Source: Rural

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