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O setor brasileiro de amendoim registrou uma receita de US$ 70,8 milhões entre janeiro e abril de 2021 em exportações do produto in natura. O aumento é de mais de 12% em relação ao mesmo período de 2020, segundo dados da ComexStat – portal do Ministério da Economia com estatísticas de comércio exterior.

Quando analisados os últimos 10 anos, a exportação de amendoim em grão, óleo, produtos à base de amendoim, torta e resíduos de amendoim cresceu mais de 433% em valor de exportação. Considerando também os derivados da commodity, o saldo comercial no período registrou superávit de US$ 438 milhões.

Amendoim in natura (Foto: Abicab/Divulgação)

 

Os dados fazem parte do estudo “Agronegócio do Amendoim: Produção, Transformação e Oportunidades” feito pelo Departamento do Agronegócio (Deagro) da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), com apoio da Associação Brasileira da Indústria de Chocolates, Amendoim e Balas (Abicab).

De acordo com os responsáveis pelo levantamento, a pesquisa traça os principais resultados de desempenho dos diversos elos da cadeia produtiva de modo a contribuir para o desenvolvimento do setor.

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Segundo a Abicab, o estudo mostrou que, em uma década, a indústria quase dobrou o número de países atendidos pelas exportações, subindo de 56 em 2010 para 100 países em 2020.

“Atualmente, com relação à exportação de grãos, o Brasil ocupa a 5ª posição com US$ 230 milhões, seguido por Índia (US$ 627 milhões), Estados Unidos (US$ 475 milhões), Argentina (US$ 433 milhões) e China (US$ 264 milhões). A exportação do amendoim em grão tem sido uma alternativa viável para aumento da produtividade, competitividade e renda da lavoura”, declara a entidade.

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Para Renato Fechino, vice-presidente da Abicab, isso reflete um amadurecimento da cadeia de amendoim no Brasil, que se especializou e intensificou seu processo de profissionalização.

“Por trás desse desempenho há alguns fatores de sucesso, como a sinergia entre os agentes da cadeia produtiva, o investimento realizado em pesquisa e na mecanização, especialização do produtor e inovação na indústria”, avaliou Fechino em informe.

Mercado nacional e festas juninas

Apesar do aumento significativo nas exportações, 96% dos produtos da indústria de amendoins foram consumidos pelo mercado interno em 2020, seguindo a tendência dos anos anteriores, aponta a Abicab.

E junho é o mês mais importante para o setor, segundo a associação, em função das festas juninas. Mas, pelo segundo ano consecutivo, o evento chega durante situação sanitária preocupante em função da pandemia de Covid-19.

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Mesmo assim, segundo a Abicab, as indústrias conseguiram se planejar e acreditam em boas vendas, tendo em vista que os consumidores se adaptaram a comemorações em casa de forma segura. Ubiracy Fonsêca, presidente da Abicab, diz que as indústrias consolidaram suas operações digitais para este segundo ano de festas em meio à pandemia.

“As empresas, além de investirem no on-line, concentraram esforços na organização dos produtos ao incrementarem os espaços físicos com materiais especiais nos pontos de venda. Também notamos que, em contraste com 2020, o consumidor está mais habituado aos formatos digitais e aos avanços das empresas nas operações on-line”, afirmou Fonsêca.

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Source: Rural

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