Skip to main content

O valor cobrado na bandeira tarifária patamar 2 subirá para refletir o maior custo com a geração termelétrica, após o país registrar uma severa seca que afeta as hidrelétricas, disse o diretor-geral da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), André Pepitone.

"Hoje, temos custo de R$ 6,24 a cada 100 kwh consumidos. E a gente está fazendo neste momento cálculos, e certamente digo que será bem maior do que os R$ 6,24", afirmou ele, sobre o valor que está sendo cobrado atualmente pela bandeira vermelha patamar 2, que está em vigor em junho.

Torres de energia elétrica (Foto: Divulgação)

 

O novo valor está sendo calculado e deverá ser definido em breve, sinalizou. O custo da eletricidade tem sido um dos fatores a impulsionar a inflação. No mês de maio, houve alta de 5,37% no item energia elétrica do IPCA, com a bandeira tarifária vermelha patamar 1.

O diretor-geral da Aneel ainda negou, em audiência na Câmara na terça-feira (15/6), que a agência pretenda criar um novo patamar mais caro para as bandeiras tarifárias, mas explicou que, diante da situação hidrelétrica, o valor desse instrumento que sinaliza para o consumidor o custo de geração terá de subir.

"Tem esta especulação que será criado um outro patamar (de bandeira). Digo que não existe esta discussão, não existe esta discussão no governo e na Agência Nacional", destacou.

saiba mais

Chuvas serão insuficientes para reverter crise hídrica em 2021, alertam meteorologistas

Governo prepara MP que pode autorizar eventual racionamento de energia

 

Atualmente, a bandeira verde não tem custo adicional ao consumidor; na amarela é cobrado R$ 1,343 a cada 100 kWh consumidos; vermelha patamar 1, R$ 4,169; e na vermelha patamar 2, R$ 6,243 a cada 100 kWh consumidos.

"O que acontece é que todo ano, após o período úmido encerrado em abril, a Aneel discute qual o valor de cada patamar", destacou, lembrando que este ano, como é sabido, a crise hídrica exige o acionamento de térmicas mais caras.

"Temos condições de atender o consumidor, entretanto, a energia está mais cara, pelo fato de ser atendida pelas termelétricas."

Leia mais notícias sobre Economia

Para atender ao aumento da geração térmica, a Petrobras está maximizando a produção de gás natural e elevando as importações, do energético da Bolívia ou por meio de cargas de GNL, disse a estatal à Reuters.

Já o diretor-geral do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), Luiz Carlos Ciocchi, disse na mesma audiência em que participou Pepitone que mudanças nas vazões dos reservatórios de hidrelétricas e o uso de energia termelétrica deverão permitir que o Brasil passe pela crise de forma "segura", afastando riscos de abastecimento de eletricidade.

saiba mais

Governo autoriza uso excepcional de térmicas por 6 meses diante de crise hídrica

Atribuir à falta de chuva a crise hídrica é equivocado; entenda

 
Source: Rural

Leave a Reply