Skip to main content

Na análise conjuntura de maio, os analistas do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea/Esalq/USP) relatam que o mercado doméstico de trigo seguiu com baixa liquidez, devido à menor demanda pelo cereal. “Muitos agentes de moinhos se mostraram abastecidos e relataram que a demanda por farinhas estava fraca”

Segundo eles, apenas as vendas de farelo de trigo estiveram um pouco mais aquecidas, tendo em vista o elevado preço do milho, substituto em ração animal. “Do lado da oferta, vendedores permaneceram afastados do mercado, focados no cultivo da nova safra.”

(Foto: Reprodução/Bolsa de Cereales)

 

Os pesquisadores do Cepea observam que apesar da menor demanda interna, o trigo disponível no País não deve ser suficiente para abastecer o mercado até a colheita da safra deste ano. “A desvalorização do dólar em maio tornou a importação de trigo da Argentina e do Paraguai mais atrativa que a compra do cereal no mercado brasileiro.”

Eles lembram que os dados preliminares da Secex, relativos aos 21 dias úteis de maio, mostram que foram importadas 591,03 mil toneladas de trigo, contra 467,25 mil toneladas em maio/20. Em relação ao preço de importação, a média de maio/21 foi de US$ 269,9/t FOB origem, 20,90% acima da registrada no mesmo mês de 2020 (de US$ 223,2/t).

Segundo o Cepea, em maio o preço médio do trigo no mercado disponível do Rio Grande do Sul foi de R$ 1.584,05/tonelada, avanço de 5,9% frente ao de abril/21 e de 40,9% em relação a maio/20. No Paraná, a média em maio foi de R$ 1.647,81/t, alta de 2,6% em um mês e de 30,2% em um ano.

Em Santa Catarina, o preço médio do trigo foi de R$ 1.603,08/tonelada, aumento de 3,8% no mês e de 39,4% em um ano. Em São Paulo, a média foi de R$ 1.682,56/t, elevação de 4,2% frente à de abril/21 e de 32,8% na comparação com a de maio/20. “Todas as médias estaduais são recordes nominais considerando-se a série histórica do Cepea, iniciada em 2004.”
Source: Rural

Leave a Reply