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Boa noite! Confira os destaques desta terça-feira (25/5) no site da Revista Globo Rural.

Redução do peso de abate

Considerada extrema, redução do peso de abate tem impacto no faturamento da indústria de proteína animal (Foto: Fernando Martinho)

Em meio a uma crise provocada pela forte alta nos custos de produção num cenário de dificuldade para repasse de preços ao consumidor final, a indústria de aves e suínos tem adotado medidas drásticas para manter suas margens, como reduzir a compra e o peso de abate dos animais.

“Isso é bastante contingencial, não é o melhor jeito de você conseguir contornar o problema, mas é uma tentativa de reduzir a perda com o custo que a ração representa hoje dentro do sistema de produção”, explica José Antônio Ribas Júnior, presidente do Sindicato da Indústria de Carnes e Derivados no Estado de Santa Catarina (Sindicarne-SC).

Impacto da Covid-19 no agro

Colheita de milho em Santo Antonio do Jardim, interior de São Paulo (Foto: REUTERS/Paulo Whitaker)

Uma pesquisa realizada pela IHS Markit, a pedido da Associação Brasileira de Marketing Rural e Agronegócio (ABMRA), aponta que a pandemia de Covid-19 teve baixo impacto econômico nas atividades agropecuárias do país, com pouca mudança significativa no comportamento dos produtores.

Dos 3.048 agricultores e pecuaristas ouvidos entre outubro de 2020 e janeiro de 2021, 64% afirmaram ter sentido baixo impacto da pandemia nos negócios, 86% não fizeram nenhuma mudança nos negócios e 78% mantiveram os planos de investimentos durante a crise sanitária.

Estiagem reflete na inflação

 

(Foto: iStock)

 

Em função da falta de chuvas, há fazendas que projetam uma queda de 40% na safra de milho em algumas regiões do Paraná, segundo maior produtor brasileiro do cereal.

A irregularidade climática afeta também as lavouras de café, que já renderiam menos este ano por causa da bienalidade negativa das plantas, além da cana-de-açúcar. A queda na produção tem impacto direto no preço de diversos alimentos, indicando uma forte chance de inflação, que pode demorar a passar.

O Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), considerado a prévia da inflação oficial do Banco Central, já acumula 7,27% de alta nos últimos 12 meses. Essa cifra deve ser ainda maior para os alimentos e deve continuar alta tanto por fatores climáticos quanto de mercado (dólar, exportações e oferta enxuta).

Quebra na safra de café

Estimativa divulgada nesta terça-feira (25/5) é de 48,8 milhões de sacas. Bienalidade negativa e problemas climáticos são os principais motivos para a queda (Foto: Reuters)

Com as operações de colheita já iniciadas em várias regiões produtoras, a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) estimou nesta terça-feira (25/5) a produção de café brasileira em 48,8 milhões de sacas.

A previsão sinaliza uma redução de 22,6% em comparação à safra passada, que produziu 63,08 milhões de sacas, um recorde na série histórica do grão. Quanto à área, embora também tenha sofrido queda em relação a 2020, a projeção é de 1,8 milhões de hectares, só 3,2% a menos do que na temporada anterior.

Plataforma de dados estratégicos

Na foto, produtores na lavoura. Plataforma terá divisão por paineis temáticosc, incuindo crédito rural, produtos agrícolas e solos (Foto: Carlos Corrêa da Rosa/Divulgação)

O Ministério da Agricultura lançou nesta terça-feira (25/5) o portal Observatório da Agropecuária Brasileira com dados e informações estratégicas para nortear tomada de decisões do próprio governo, de produtores, do terceiro setor e da sociedade em geral.

Com 200 bases estratégicas de dados, o portal tem duas plataformas: uma estatística, com dados, tabelas e gráficos, e outra geoespacial, com a integração dos dados territoriais.

RS livre de aftosa e com mais lucros

Ganho com a carne não se dará apenas por alta nas exportações, mas pelo valor pago a regiões sem vacinação, que costuma ser maior (Foto: Paulo Whitaker/Reuters)

Com a perspectiva de ampliar em US$ 1,2 bilhão por ano seu volume de negócios, o setor produtivo de carnes do Rio Grande do Sul aguarda com expectativa a certificação do Estado como zona livre de febre aftosa sem vacinação pela Organização Mundial da Saúde Animal (OIE).

O reconhecimento, que deve ser oficializado na quinta-feira (27/5), abrirá as portas para 70% dos mercados internacionais a que o RS, até hoje, não tinha acesso, beneficiando as indústrias gaúchas de carne bovina, suína e de aves.

Inventário das plantas medicinais do Brasil

Castanha-do-pará é um dos principais meios de sustento de famílias que vivem do agroextrativismo na Amazônia (Foto: Conexsus/Divulgação)

A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e o Ministério da Agricultura (Mapa) apresentaram os resultados do que consideram ser o maior diagnóstico já realizado no Brasil sobre o potencial produtivo de plantas medicinais, aromáticas, condimentares e alimentícias.

Ao todo, foram mapeadas as cadeias de valor de 26 espécies de plantas – 18 extrativas e oito cultivadas. Para cada uma, foram identificados produtores, formas de escoamento dos produtos e potenciais consumidores, além dos principais desafios e formas de aprimorar a produção.

Frustração nas cachaçarias

Setor atribui resultado negativo das vendas de cachaça, principalmente, ao fechamento de bares e restaurantes (Foto: Valter Campanato/Agência Brasil)

O setor de cachaça no Brasil, que gera cerca de 600 mil empregos diretos e indiretos, segundo o Instituto Brasileiro da Cachaça (Ibrac), registrou queda de 23,8% em 2020. O resultado é o pior nos últimos cinco anos.

Os dados são do relatório anual da Euromonitor International, que calculou o tamanho do mercado de Cachaça no Brasil no ano passado em 399 milhões de litros.

Alternativa para sensoriamento remoto

Ilustração do nanossatélite com tecnologia CubeSat 1U produzido pela UnB (Foto: Reprodução/UnB)

Mediante a urgência da rastreabilidade nos mercados de commodities, proteína animal e ainda outros produtos como madeira e hortifrúti, o sensoriamento remoto tem ganhado escala para mostrar processos produtivos com mais transparência.

Feito por imageamento orbital através de satélites, a resolução espacial permite o monitoramento do uso do solo, a exemplo do monitoramento dos desmatamentos e focos de queimadas.

Até 2011, os satélites utilizados comumente pesavam toneladas, exigindo uma logística complexa para a saída deles à órbita. Mas esta realidade tem mudado com a chegada dos nanossatélites, de acordo com Sumaia Resegue Aboud Neta, mestra e doutora em Geociências Aplicadas e Geodinâmica pela Universidade de Brasília (UnB).
Source: Rural

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