Com as operações de colheita já iniciadas em várias regiões produtoras, a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) estimou nesta terça-feira (25/5) a produção de café brasileira em 48,8 milhões de sacas.
A previsão sinaliza uma redução de 22,6% em comparação à safra passada, que produziu 63,08 milhões de sacas, um recorde na série histórica do grão. Quanto à área, embora também tenha sofrido queda em relação a 2020, a projeção é de 1,8 milhões de hectares, só 3,2% a menos do que na temporada anterior.
A explicação para a redução está nos efeitos fisiológicos que os produtores têm observado neste ciclo, além das condições climáticas adversas que enfrentaram. Tanto o rendimento médio quanto a área de produção foram impactados por esses fatores, diz a estatal.
Colheita de café já está avançando nas regiões produtoras (Foto: Reuters)
No entanto, esta diminuição já ocorre nos ciclos de bienalidade negativa, o que significa, que quando se produz um maior número em um ano, é exigido mais nutrientes da planta. Como consequência, no ano seguinte, ela precisa recompor suas estruturas vegetais e reservas, reduzindo sua produção.
É o que ocorre agora com o café, de acordo com a Conab, exigindo dos produtores tratos culturais mais intensos nas lavouras para recuperar o potencial vegetativo das plantas.
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Para o café arábica, a estimativa é de 33,4 milhões de sacas, uma diminuição de 31,5% em comparação ao volume produzido na última safra. Enquanto isso, o conilon deve chegar a 15,4 milhões de sacas, um incremento de 7,9% em relação ao resultado obtido em 2020.
Em relação aos preços do café, o aumento das exportações brasileiras no ano passado contribuiu para limitar a oferta interna e sustentar os preços domésticos. Em 2021, observa-se a continuidade desse cenário nos primeiros quatro meses, embora a queda da produção limite a disponibilidade de café para exportação nos meses seguintes.
Ao final de abril, as cotações de café arábica tipo 6, bebida dura, média nacional, tiveram uma variação anual aproximada de 30% nos últimos 12 meses. Já as cotações do café conilon tipo 7, na região sudeste, apresentaram uma variação aproximada de 30% no acumulado do período.
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Source: Rural