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Um estudo publicado nesta segunda-feira (10/5) aponta que o desmatamento na Amazônia deve causar perdas de até US$ 1 bilhão (R$ 5,22 bilhões, considerando a cotação atual do dólar) por ano ao agronegócio até 2050.

O prejuízo é estimado considerando a redução nas chuvas e a perda crescente da biodiversidade no bioma, o que impacta a produtividade agrícola.

(Foto: REUTERS/Bruno Kelly)

 

A pesquisa, publicada na revista científica "Nature Communications", durou três anos e foi feita pelo Centro de Sensoriamento Remoto da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), em parceria com a Universidade Federal de Viçosa (UFV) e a Universidade de Bonn, na Alemanha.

Considerando dados entre 1999 e 2019, o pesquisadores estimam que, até 2050, as perdas podem chegar a US$ 5,6 bilhões (R$ 29,2 bilhões) na produção de soja e a US$ 180,8 bilhões (R$ 943,7 bilhões) para a produção de carne.

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O estudo ainda cita que o Brasil "pode ter ultrapassado um limite no qual mais desmatamento na Amazônia se traduz em dano econômico direto". "É improvável, pelo menos no curto ou médio prazo, que a contabilização dos custos de adaptação e dos benefícios potenciais incline a balança a favor da expansão agrícola", observam os pesquisadores.

O artigo também destaca que reconhecer os riscos decorrentes do desmatamento podem ajudar a conduzir o Brasil "de volta a um curso que integra de forma sustentável a produção agrícola e a preservação ambiental".

"O agronegócio brasileiro e seus parceiros globais estão testando os limites da natureza ao se expandir para as florestas naturais, sob o risco de reduzir as chuvas que sustentam sua produtividade. A trajetória atual do uso da terra na Amazônia brasileira, portanto, coloca os sistemas agrícolas predominantemente de sequeiro do país em um caminho insustentável

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Source: Rural

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