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(Foto: Paulo Whitaker/Reuters)

 

As exportações do agronegócio fecharam janeiro em US$ 5,67 bilhões, o que significou recuo de 1,3% na comparação com janeiro do ano passado (US$ 5,75 bilhões).

A principal causa para o resultado, segundo a Secretaria de Comércio e Relações Internacionais (SCRI) do Ministério da Agricultura, é a queda nas vendas de soja em grão, de quase US$ 500 milhões.

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Em grande parte, essa redução foi compensada pelo aumento do valor exportado de quatro produtos: milho (+42,5% ou US$ 148,96 milhões em valores absolutos), açúcar de cana em bruto (+35,6% ou US$ 141,06 milhões), café verde (+30,2% ou US$ 108,05 milhões) e farelo de soja (+28,3% ou US$ 99,17 milhões).

A diminuição nas exportações em janeiro, em conjunto com o aumento das vendas dos demais produtos (+4,5%), fez com que a participação do agronegócio nas exportações brasileiras declinasse de 39,6% em janeiro de 2020 para 38,3% em janeiro deste ano.

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As importações de produtos do agronegócio, por sua vez, aumentaram 6,5%, passando de US$ 1,22 bilhão (janeiro de 2020) para US$ 1,30 bilhão no primeiro mês deste ano. O saldo da balança resultou em US$ 4,37 bilhões.

Já o índice de preço dos produtos do agronegócio exportados pelo Brasil teve aumento de 1,2% entre janeiro de 2020 e janeiro de 2021, enquanto o índice de quantum recuou 2,5%. Segundo a SCRI, esse comportamento já reflete o aumento dos preços internacionais das commodities ocorrido a partir de maio de 2020, e que continua no princípio de 2021.

Por outro lado, a queda do índice de quantum das exportações do agronegócio brasileiro pode ser explicado pela forte queda da quantidade exportada de soja em grão, ocorrida em função do baixo estoque de passagem, do atraso no plantio da safra 2020/2021 em função da seca, e, posteriormente, do atraso nas áreas de colheita em decorrência das chuvas.

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Destaques do mês

 

As vendas externas de milho foram preponderantes no setor de cereais, farinhas e preparações, atingindo US$ 499,86 milhões (+42,5%), com alta de 22,1% no volume exportado e 16,7% no preço médio de exportação do cereal.

Segundo a SCRI, os embarques de milho iniciaram trajetória ascendente a partir de agosto de 2020, em função do atraso na colheita da segunda safra no ano passado, por questões climáticas.

Já as exportações de açúcar de cana em bruto foram recordes em volume em janeiro, com 1,85 milhão de toneladas (+31,7%). Segundo o ministério, o produto segue trajetória positiva iniciada em 2020, em virtude de quedas de produção nos principais produtores asiáticos, que estimulou a recuperação de preços internacionais e os valores exportados da commodity.

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Os embarques de café verde registraram US$ 466,20 milhões (+30,2%). O volume exportado de café verde foi recorde para os meses de janeiro, chegando a 221,88 mil toneladas (+35,8%).

No complexo soja, destaque para o farelo, que atingiu US$ 449,59 milhões, alta de 28,3%. As vendas foram influenciadas pela elevação dos preços médios em 27,2%, já que os volumes permaneceram praticamente os mesmos comparados a janeiro de 2020 (+0,8%).

A alta de preços, de acordo com a SCRI, reflete o baixo estoque de passagem da soja em grão nos principais exportadores mundiais, como os Estados Unidos e Brasil.
Source: Rural

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