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(Foto: Pixabay/JPSSantos/Creative Commons)

 

Pesquisas mostram que os principais fungicidas perderam eficiência no controle da doença conhecida como mancha marrom de Alternaria, em tangerinas e seus híbridos.

Os estudos foram realizados pelos pesquisadores do Instituto Biológico (IB-Apta), da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, e confirmados por trabalhos conduzidos pela Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq/USP) e pelo Fundo de Defesa da Citricultura (Fundecitrus).

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Conforme comunicado do IB-Apta, as pesquisas confirmaram a resistência do fungo agente causal da doença às estrobilurinas e mostraram também que a resistência ocorre não apenas no sudoeste paulista, como indicavam os estudos iniciais, mas em todo o Estado de São Paulo, que concentra a maior produção nacional de citros.

As estrobilurinas eram, até então, os fungicidas considerados mais eficazes e utilizados no país para o controle da macha marrom de Alternaria, doença que afeta tangerinas e alguns de seus híbridos, como tangores e tangelos, causando lesões em folhas, ramos, e frutos, provocando seca de ramos e queda de folhas e frutos.

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Os resultados das pesquisas foram recentemente publicados na revista científica Crop Protection. Na prática, o novo estudo mostra que as estrobilurinas não estão mais sendo eficazes no controle da mancha marrom de Alternaria em todo o Estado de São Paulo, e que elas não devem mais ser incluídas nas recomendações de manejo químico da doença em pomares paulistas de tangerinas e tangores.

O pesquisador do IB Eduardo Feichtenberger informa, em comunicado, que "a mancha marrom de Alternaria afeta a cosmética dos frutos, reduzindo seu valor comercial quando destinados ao mercado de fruta fresca. Provoca também a queda prematura de frutos, reduzindo a produtividade das plantas.

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As variedades comerciais de citros mais afetadas no Brasil são tangor Murcott, tangerina Ponkan e tangerina Dancy. Quando a infecção ocorre em frutos na fase final de desenvolvimento, uma única lesão pode provocar sua queda prematura.

O produtor pode ter uma safra praticamente pronta, com expectativa de ter alta lucratividade na comercialização dos frutos do seu pomar, mas se a doença ocorrer na pré-colheita, ele pode ter boa parte da sua safra perdida em questão de dias", explica Feichtenberger.
Source: Rural

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