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(Foto: Agência Brasil)

 

A inflação para as famílias mais pobres – renda mensal menor do que R$ 1.650,50 – foi de 1% em novembro, informou o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) nesta sexta-feira (11/12). A única faixa em que a inflação desacelerou foi para as famílias de renda mais alta – superior a R$ 16.509,66 -, variando de 0,82% em outubro para 0,63% no mês passado.

Segundo o Ipea, o comportamento dos preços dos alimentos no domicílio segue pressionando a inflação das classes mais pobres desde março. Em novembro, o grupo "alimentos e bebidas" foi responsável, sozinho, por 75% da inflação da classe de renda muito baixa, reflexo do aumento no preço de arroz (6,3%), batata (29,7%), frango (5,2%), óleo de soja (9,2%) e carnes (6,5%). 

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Já a alta observada foi no grupo "transportes", com os reajustes dos transportes por aplicativo (7,7%), da gasolina (1,6%) e do etanol (9,2%), impactou especialmente as famílias mais ricas. Além disso, conforme o Ipea, no acumulado de 2020 a desaceleração nos preços dos serviços beneficiou as famílias de maior poder aquisitivo.

Nos 11 primeiros meses deste ano, a inflação das famílias de renda alta (1,7%) foi bem menor do que a registrada pelas famílias de menor poder aquisitivo (4,6%). De janeiro a novembro, houve aumento em itens que pesam na cesta de consumo dos mais pobres: arroz (69,5%), feijão (40,8%), leite (25%), óleo de soja (94,1%), carnes (13,9%) e frango (14%).

Enquanto isso, itens de maior peso para as famílias mais abastadas apresentaram deflações: passagem aérea (-35,3%), transporte por aplicativo (-16,8%), gasolina (-1,7%) e despesas com recreação (-1,1%).

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Na comparação com novembro de 2019, de acordo com o Ipea, enquanto a inflação da renda muito baixa subiu 85%, o aumento na taxa do grupo de renda alta foi menos acentuado (48%). A inflação das famílias mais pobres passou de 0,54% para 1%, enquanto as famílias mais ricas registraram uma pressão inflacionária de 0,43% para 0,63%.

No acumulado em 12 meses (dezembro de 2019 a novembro de 2020), houve aumento na inflação de todos os segmentos, sendo que taxa do segmento de renda mais baixa (5,8%) mantém trajetória de aceleração em ritmo superior à da classe de renda mais alta (2,7%).
Source: Rural

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