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Sérgio Souza (MDB-PR) deve assumir presidência da FPA em fevereiro de 2021 (Foto: Divulgação/FPA)

 

Independente de quem venha a assumir o comando do Congresso Nacional em 2021, a Frente Parlamentar Agropecuária pretende colocar suas pautas prioritárias em discussão, como licenciamento ambiental, defensivos agrícolas e regularização fundiária. Foi o que afirmou o deputado federal Sérgio Souza (MDB-PR), presidente eleido da Frente Parlamentar Agropecuária (FPA), em entrevista à Globo Rural.

Escolhido para suceder o também deputado Alceu Moreira (MDB-RS), Souza deve ser empossado como líder da bancada ruralista no dia 23 de fevereiro do ano que vem. Até lá, já deve-se saber quem serão os novos presidentes da Câmara e do Senado, atores importantes para que as pautas do setor sejam aprovadas no Congresso, após a saída de  Rodrigo Maia (DEM-AP) e Davi Alcolumbre (DEM-AP) respectivamente.

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Sobre o licenciamento ambiental, Sergio Souza disse que a discussão é de interesse não apenas do meio rural, mas também para o urbano e a indústria. “Isso serve muito para a logística e o custo de produção. Para avançar na logística e melhorar a competitividade, precisamos de licenciamento ambiental”, disse.

Quanto à regularização fundiária, limitou-se a falar das propriedades privadas e acusou “governos de esquerda” de deixar o produtor rural sem a posse oficial da terra, o que, para ele, precisa passar por uma mudança também no Congresso.

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“Vamos dar título para essa pessoa, para fazer financiamento, pegar crédito, fazer sucessão hereditária, é claro que respeitando o marco temporal. Quem desmata ilegalmente vai para a cadeia, vamos dar uma pena mais severa”, projetou.

Ainda sobre as prioridades, o deputado espera ter diálogo com a Frente Parlamentar Ambientalista, pois há "muitos pontos de convergência”. Entre eles, Souza destaca a segurança jurídica e a legislação para aprovação de defensivos agrícolas.

“Vamos chegar a um ponto em comum sobre defensivos agrícolas. Queremos conservar mais o meio ambiente, queremos a mesma coisa, produção exemplar de alimentos e conservação ambiental”, disse.

Precisamos de uma legislação mais eficiente dos defensivos agrícolas. Ninguém quer colocar mais agroquímico, seja lá o nome que quiserem usar, no mercado. O que queremos é autorizar novas moléculas de forma mais eficiente e rápida

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As pautas do Congresso, segundo Sérgio Souza, deverão ser acompanhadas de um discurso em prol do setor. Ele entende que “percepção do agro diante da sociedade brasileira não está boa”, mas é preciso explicar que toda a cadeia é responsável por geração de emprego e renda, dentro e fora da porteira.

Sobre a reputação do Brasil no exterior, o futuro presidente da FPA diz que a “corrida global por segurança alimentar e preços” se deve pela capacidade do País produzir de forma barata e eficiente, o que assusta a concorrência. “Quando a gente produz e entrega lá, a gente gera emprego e renda aqui, mas a nossa imagem perante a sociedade é horrível, foi colocado que o agro faz mal à natureza, à saúde humana, e isso não é verdade.”

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Source: Rural

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