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(Foto: Getty Images)

 

A taxa de desmatamento na Amazônia em 2020 chegou a 11.088 quilômetros quadrados e atingiu o maior valor desde 2008. A alta é de 9,5% em relação ao ano passado, segundo dados preliminares do sistema Prodes, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).

O resultado aponta que o Brasil descumpriu a meta da Política Nacional sobre Mudança do Clima (PNMC), lei nacional que preconizava redução a um máximo de 3.925 quilômetros quadrados em 2020.

O país está 180% acima da meta, o que o põe em uma posição de desvantagem para cumprir seu compromisso no Acordo de Paris a partir do início de 2021. 

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Em nota à imprensa, o Observatório do Clima, rede que reúne entidades da sociedade civil com objetivo de discutir a questão das mudanças climáticas, aponta que o avanço do desmatamento é resultado das políticas ambientais do governo de Jair Bolsonaro.

"Eles refletem o resultado de um projeto bem-sucedido de aniquilação da capacidade do Estado Brasileiro e dos órgãos de fiscalização de cuidar de nossas florestas e combater o crime na Amazônia. É o preço da 'passagem da boiada'", destaca.

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“Esse projeto de destruição tão bem executado custará caro ao Brasil. Estamos perdendo acordos comerciais, transformando nosso soft power literalmente em fumaça e aumentando nosso isolamento internacional num momento em que o mundo entra num realinhamento crítico em relação ao combate à crise do clima", diz Marcio Astrini, secretário-executivo do Observatório do Clima.
Source: Rural

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