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De acordo com embaixador chinês, investimentos do país no Brasil podem chegar a US$ 100 bilhões nos próximos três a cinco anos (Foto: Pixabay)

 

O embaixador da China no Brasil, Yang Wanming, destacou que, nos últimos dois anos, empresas chinesas investiram no Brasil mais de US$ 15 bilhões em setores como agricultura, telecomunicações, petróleo, infraestrutura e logística. Ele fez a declarações nesta quarta-feira (21/10), em postagem em seu perfil no Twitter. 

Wanming afirmou ainda que o total dos investimentos chineses no mercado brasileiro já superou os US$ 80 bilhões e pode chegar a US$ 100 bilhões nos próximos três a cinco anos. 

(Foto: Reprodução/Twitter)

 

A postagem foi feita em meio à assinatura de um acordo bilateral entre Brasil e Estados Unidos, anunciado nesta semana, com foco em facilitação do comércio e investimentos. O acordo prevê a oferta de até US$ 1 bilhão em crédito por parte do governo americano para financiar projetos em diversas áreas no Brasil – incluindo as telecomunicações, visando a implantação da rede 5G, área de interesse também de governo e empresas chinesas.

Em entrevista à rádio CBN, nesta quarta-feira (21/10), o embaixador dos Estados Unidos no Brasil, Todd Chapman, sinalizou que esse crédito não poderá ser usado para a compra de tecnologias de empresas chinesas. 

“Estamos fornecendo ao Brasil esse financiamento para comprar equipamentos de fornecedores confiáveis, que já têm compromisso com a proteção de informação, de não roubar propriedade intelectual, que usem tecnologia para liberar as pessoas, não para reprimir”, disse. “É bom para o Brasil e para os Estados Unidos”, acrescentou.

Chapman disse que os valores do Brasil e os Estados Unidos são diferentes dos da China. E que uma “rede limpa” é importante para atrair investimentos e proteger pessoas. “Nossas economias são baseadas em propriedade intelectual. Tem que ter confiança de que as informações que estão passando pelas redes de telecomunicação são protegidas. Esse não é um tema apenas comercial. É um tema de segurança nacional”, afirmou.

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Também nesta semana, a vacina contra o coronavírus produzida pela empresa chinesa Sinovac, em parceria com o Instituto Butantan, foi alvo de polêmica. Na terça-feira (20/10), o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, disse que o governo federal compraria 46 milhões de doses para inclusão no programa nacional de imunização. Nesta quarta-feira (21/10), ele foi desautorizado pelo próprio presidente Jair Bolsonaro.

Em redes sociais, Bolsonaro chamou a Coronavac de “vacina chinesa do Doria”, em referência ao governador de São Paulo, João Doria (PSDB), e descartou a possibilidade de compra da vacina. Disse que há necessidade de comprovação científica e que o povo brasileiro são será “cobaia de ninguém”.

“Não se justifica um bilionário aporte financeiro num medicamento que sequer ultrapassou sua fase de testagem. Diante do exposto, minha decisão é a de não adquirir a referida vacina”, postou o presidente, no Twitter.
Source: Rural

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