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Novo modelo da colheitadeira TX foi uma das novidades apresentadas pela New Holland (Foto: New Holland/Divulgação)

 

A New Holland, marca do Grupo CNH Industrial, anunciou nesta sexta-feira (16/10) duas novas colheitadeiras para atender o mercado de grãos. São dois novos modelos da TC, linha que teve o primeiro protótipo em 1993, e dois da sua co-irmã, a TX. As máquinas são consideradas de entrada e complementam o portfólio, que ainda tem a CR, de alta potência.

Para que as novas unidades chegassem ao mercado, foram cinco anos de pesquisa e testes de desenvolvimento em campo – a empresa não divulgou quanto investiu. No caso da TC, a New Holland destaca que já foram produzidas quase 40 mil unidades em 27 anos.

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A companhia quer aproveitar o bom momento do agro brasileiro para atender à crescente demanda por alta tecnologia no campo. Segundo Cláudio Calaça, gerente de marketing de produto para a América Latina, o nível de aquisição de máquinas em meio à pandemia do coronavírus surpreendeu positivamente.

“A gente está verificando uma renovação um pouco mais acentuada. Não esperávamos nesse nível. A questão do câmbio levou as commodities para um patamar bem alto. Era esperado um nível de renovação de frota, mas o que a gente vê é que o produtor está aproveitando o momento para fazer a renovação de forma mais tranquila”, disse.

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Na última semana, a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) informou que as vendas de máquinas agrícolas no mercado interno subiram 8,9% de agosto para setembro (de 4,4 mil para 4,8 mil unidades), mas ainda 4,2% abaixo de setembro de 2019 (5 mil unidades).

No ano, entrertanto, as vendas somam 33 mil unidades, o que representa um acréscimo de 0,9% sobre os nove primeiros meses do ano passado.

Colheitadeira TC já teve quase 40 mil produzidas desde 1993, segundo a New Holland (Foto: New Holland/Divulgação)

 

Falta de peças preocupa

Apesar do otimismo, existe a dificuldade na aquisição de peças e componentes importados por conta das restrições impostas pela Covid-19 e do aumento no número em diversas partes do mundo.

“Todas as empresas da cadeia que fornecem componentes tiveram que fazer aquelas paradas, e a gente trabalha com um fluxo global de fornecimento. A situação no Brasil estava normalizando, com a indústria trabalhando a 100%. Enquanto isso, a Índia para, a China tem altos e baixos e a Europa agora enfrenta uma segunda onda do vírus”, declarou o vice-presidente da New Holland para a América do Sul, Rafael Miotto.

A grande verdade é que a gente continua tendo um fluxo bastante complicado de fornecimento de componentes. E teve outro fator: a demanda está muito boa, voltou ao normal antes da capacidade da indústria estar 100%. Neste momento, estamos conseguindo acompanhar a demanda. Mas está sendo muito difícil, porque a cadeia não está normal

Rafael Miotto, vice-presidente da New Holland para a América do Sul

 

Segundo Miotto, um exemplo do entrave logístico é a redução do fluxo aéreo comercial. “É dificílimo frete aéreo se você precisa trazer um componente para atender um pico. A aviação comercial está reduzida e ela transporta as cargas. Então, normal não está ainda. A boa notícia é que a gente está trabalhando a todo vapor em todas as plantas e já estamos com a capacidade máxima”, finalizou.

Versatilidade de culturas

Apesar das novas máquinas da New Holland terem foco em soja e milho, já que ambos somam mais de 80% da produção de grãos no Brasil, a companhia promete versatilidade, atuando também com as culturas de trigo, cevada, feijão e arroz, entre outras.

"O grande desafio que a New Holland tem no lançamento da TC e TX é disponibilizar um sistema de colheita que sirva para qualquer tipo de terra, de fazenda, plantio e cultura, independente de ser um agricultor de pequena, média ou larga escala”, afirmou o especialista em marketing de produto da New Holland, Carlos Schimidt.

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No caso da TC, os dois modelos são divididos com debulha por cilindro e separação, com a TC 4.90, que tem plataforma de 20 pés, e TC 5.90, de 25 pés. Já na TX, as versões 4.90, de 25 pés, e 5.90, de 30 pés, contam com a debulha por cilindro de separação e duplo rotor.

Ambas também são equipadas com plataformas flex elétricas e côncavos seccionados, o que permite uma resposta mais rápida das máquinas no campo e a substituição de acordo com a cultura. Um kit de redução de velocidade do cilindro promete evitar quebras de grãos com baixa umidade, em plantios como milho, feijão e soja.

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Na parte de limpeza e separação de grãos, a TC manteve o sistema de “rotary separator” (separador rotativo) e saca palhas, com um novo sistema dupla cascata no bandejão – isso dá ao maquinário um fluxo de ar para a melhor limpeza e distribuição da produção colhida, evitando a sobrecarga de material de palha na peneira.

Já na TX, é utilizado um duplo rotor de separação no lugar do rotary e do saca-palhas. Com o duplo rotor, a máquina possui alta capacidade de colheita e separação e tripla cascata, o que contribui para a limpeza e separação da produção.
Source: Rural

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