Área em vermelho representa todos os focos de queimadas registrados em setembro pelo Inpe; áreas verdes são Unidades de Conservação e Terras Indígenas (Foto: Reprodução/Inpe)
Focos de calor se alastrando por diversos Estados foram registrados ao longo de setembro. O satélite de referência do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) mostra que foram 69.329 focos de calor durante os 30 dias do mês. O número é 30% maior em relação ao mesmo mês de 2019 e 36% se comparado com agosto de 2020.
A Amazônia concentra 46,2% dos focos de queimada, seguida do Cerrado (31,4%), Pantanal (11,7%), Mata Atlântica (6,2%), Caatinga (4,4%) e Pampa (0,1%). Três dos seis biomas apresentaram alta em relação a setembro do ano passado, mês já conhecido pelo clima seco.
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No Pantanal, as queimadas detectadas passaram de 2.887 para 8.106, o que representa aumento de 180,8%. Na Amazônia, o acréscimo de focos foi de 60,7%, se comparado a 2019. Também cresceram em 7,4% os registros de calor na Caatinga.
Números de queimadas por bioma no mês de setembro de 2019 e 2020, de acordo com dados do Programa Queimadas, do Inpe (Foto: Redação Globo Rural) (Foto: Redação Globo Rural)
Por outro lado, os focos de queimadas diminuíram no Pampa – que teve a maior queda, de 67,8% -, no Cerrado (5,2%) e na Mata Atlântica (1,2%).
Mato Grosso segue como o Estado com mais pontos de calor, concentrando 29,3% de todo o país, ou seja, 20.312 queimadas. Na sequência, estão Pará (15,7%), Maranhão (6,4%), Amazonas (6,2%) e Rondônia (6,1%), entre os cinco Estados com mais incidências capturadas pelo Inpe.
Dos 69.329 focos de setembro, 8% ocorreram em unidades de conservação, somando as áreas estaduais e federais. Já em terras indígenas, foram 5.018 queimadas, o que representa 7,2%. O satélite do Inpe não distingue quais focos são legais ou ilegais.
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Source: Rural