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(Foto: Acrimat/Divulgação)

 

 

O Greenpeace acusou Jair Bolsonaro de "negar a realidade" em discurso feito nesta terça-feira (22/9) na Assembleia Geral das Nações Unidas (ONU). Para a ONG que atua em defesa do meio ambiente, o presidente descreveu "um país fictício" e minimizou as "graves crises que o país enfrenta no meio ambiente e na saúde".

Em nota publicada em seu site, o Greenpeace afirmou que "as imagens da Amazônia, Pantanal e Cerrado queimando estão há meses chocando o Brasil e o mundo sem que haja planos, metas ou orçamento capazes de proteger esses biomas de forma concreta e eficaz".

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O texto ainda chama atenção para os recordes de queimadas na Amazônia e no Pantanal mesmo com a moratória do fogo. "A política antiambiental do atual governo está derretendo a imagem do Brasil lá fora e prejudicando a economia nacional. O país que antes já foi visto como liderança na questão ambiental foi o que mais destruiu suas florestas no mundo todo", declarou.

Segundo a ONG, “negar ou minimizar o drama ambiental que o Brasil vive neste momento, resultado da política do governo Bolsonaro, agrava a difícil situação que o país enfrenta". “O governo deveria cumprir seus deveres constitucionais em prol da proteção ambiental e apresentar um plano eficiente”, diz Mariana Mota, coordenadora de políticas públicas do Greenpeace Brasil.

Lamentavelmente, já estamos habituados a ouvir o presidente faltar com a verdade, desqualificar a ciência e buscar culpabilizar terceiros em vez de assumir a responsabilidade constitucional que possui. Entretanto, quando o faz na Assembleia Geral da ONU, diante de centenas de líderes de países, de investidores e do mundo todo, o presidente piora ainda mais a imagem do Brasil e agrava as sérias crises que enfrentamos

Mariana Mota, coordenadora de políticas públicas do Greenpeace Brasil

Segundo o Greenpeace, ao contrário do que foi dito pelo presidente na ONU, os incêndios na floresta amazônica são fruto da ação humana, sendo uma das principais ferramentas utilizadas para o desmatamento, especialmente por grileiros e agricultores.

"O desmonte de nossas políticas ambientais vai na contramão da soberania defendida pelo presidente. Ser soberano é ser capaz de agir com governança e eficiência para lidar com um país em chamas, além de defender as florestas e o meio ambiente, patrimônios do povo brasileiro", finaliza o texto.
Source: Rural

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