(Foto: Acervo pessoal/Luciane Rheinheimer)
Luciane Rheinheimer repete a história de tantas outras mulheres nos campos do Brasil: assumir a propriedade da família após a morte repentina do pai. Com o novo desafio, a engenheira agrônoma viu a oportunidade de aprimorar o uso de tecnologias nos 500 hectares da Fazenda Agroterra, que fica em Carazinho, no Rio Grande do Sul.
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De lá para cá, já se passaram 19 anos. “Foi uma sucessão num momento de dor, mas a gente arregaçou as mangas e foi em frente, buscando muito conhecimento e utilizando tecnologias que o mercado oferece”, diz. Os negócios foram assumidos ao lado das duas irmãs e da mãe. “Somos focadas em produção com rentabilidade e sustentabilidade.”
Nossa marca é atingir o teto de produtividade
Luciane Rheinheimer, produtora rural em Carazinho (RS)
A fazenda aumentou os números de produtividade com a sucessão familiar. Somente na cultura do trigo houve um incremento de 70%. Já na soja e milho, segundo Luciane, o rendimento dobrou, atingindo médias de mais de 80 sacas/hectare na oleaginosa e 200 sacas/hectare no cereal, além de manter uma área destinada à pecuária bovina. “Nossa marca é atingir o teto de produtividade”, revela com orgulho.
Para estar a par da agricultura local e do andamento do mercado, a engenheira agrônoma faz parte do sindicato rural e da comissão de produtoras de Carazinho. “Hoje a gente vê o crescimento e engajamento das mulheres em todas as áreas, mostrando que a mulher realmente tem eficiência na gestão das propriedades. Na verdade, sempre teve, mas de forma mais tímida, e agora estão aparecendo mais”, defende, em entrevista a Globo Rural.
Luciane foi uma das vencedoras do Prêmio Mulheres do Agro, na categoria média propriedade, em 2019, e, em 2020, assumiu o posto de embaixadora da premiação, que é promovida pela Associação Brasileira do Agronegócio (Abag) e Bayer.
“O que eu levo de mais importante é conhecer diversas mulheres de todo o Brasil, com trabalhos de muita dedicação. Esse relacionamento e vivência é uma coisa ímpar, que só nos faz nos realizar ainda mais”, diz ao defender que mais mulheres se inscrevam na premiação e acreditem no potencial de ser reconhecida pela gestão dos negócios.
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Source: Rural