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(Foto: Reprodução/Ed. Globo)

 

Assim como acontece na região do Pantanal, a Amazônia também segue com altos índices de queimadas. Nos primeiros 15 dias de setembro foram registrados 497.139 focos de calor ao considerar todos os satélites do Programa Queimadas do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais. Em comparação com o mesmo período do ano passado as queimadas aumentaram 90%.

Neste mês, o bioma tem sido prejudicado principalmente no território do Pará, que concentra 37,6% das queimadas. Em seguida estão Mato Grosso (36,8%) e Rondônia (12,1%). Ao avaliar os focos por municípios, estão em evidência São Félix do Xingu, com 37.779 queimadas nesta primeira quinzena de setembro, Altamira (36.923) e Porto Velho (16.360) como os três mais prejudicados.

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Apenas uma Unidade de Conservação Estadual concentra 74,1% dos 32.585 focos registrados nas unidades estaduais do país. É Apa Triunfo do Xingu, no Pará. Já as maiores taxas de calor em terras indígenas foram capturadas sobre a área de Mato Grosso, na TI Parque do Xingu, com 37,1% dos 48.345 registros em territórios indígenas por todo o bioma.

A consulta no Programa Queimadas pode ser feita com base em todos os satélites ou apenas utilizando os satélites de referência. A diferença, de acordo com uma fonte da área de georreferenciamento que preferiu não se identificar, é que assim como os satélites totais podem conter sobreposição de focos, os satélites de referência podem deixar de capturar alguma ocorrência de fogo. 

De qualquer forma, João Paulo Capobianco, doutor em ciência ambiental e vice-presidente do Instituto Democracia e Sustentabilidade, chama a atenção para a situação complexa do desmatamento e queimadas, pois, segundo ele, os números não refletem na plenitude o grau de destruição da floresta.

“Quem desmata ilegalmente muitas vezes derruba quatro ou cinco árvores a mais, que nem serão utilizadas e ainda contribuem para o fogo. Quando você tem o corte raso da floresta numa área tão grande isso chama muito a atenção. Só que existe um outro problema, pouco tratado, que é a área de degradação da floresta. Regiões que não foram desmatadas a corte raso, mas foram muito degradadas pela exploração predatória, e isso os números não mostram”, diz em entrevista a Globo Rural.
Source: Rural

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