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Perfect Fight foi uma das agtechs que apresentaram soluções em conectividade (Foto: Perfect Fight/Divulgação)

 

Doze startups apresentaram soluções de conectividade para eficiência no controle de pragas, doenças e plantas daninhas na agricultura em um Pitch Day virtual promovido na semana passada pela operadora TIM e pelo hub de inovação Agtech Garage, de Piracicaba (SP).

As agtechs demonstraram seus projetos a convidados e a representantes da Amaggi, Adeco Agro, Jalles Machado e Citrosuco, que contribuíram com a perspectiva do produtor. Nesta semana, a TIM anunciará as quatro startups selecionadas para trabalhos em parceria.

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O diretor de Innovation & Biz Development da TIM, Janilson Bezerra, destacou o alto nível das startups do agro. “Chamou atenção o grau de maturidade e a forma como elas encaram o negócio e a respostas às dores com soluções tecnológicas à altura. Tem startups já com cara de vencedoras, que com certeza, influenciarão e mudarão muito contexto de negócios no Brasil”, ressalta Bezerra.

Segundo o executivo, a operadora tem um papel fundamental de criar um ecossistema de negócios para o agro mais digital baseado no alicerce de conectividade. “Estamos aqui para criar essa plataforma onde vamos ter, a partir da conectividade, essa integração das várias competências e tecnologias do agro, através da troca de informações em tempo real, da gestão mais eficientes, mas indo além", salienta.

A ideia é trazer o produtor rural para próximo das startups, em ambientes de empreendedorismos e centros de P&D. Os gargalos são muitos, mas a expectativa de ter uma plataforma de conectividades, suportada por um ecossistema de negócios favorável, essa é a nossa resposta para essas limitações

Janilson Bezerra, diretor de Innovation & Biz Development da TIM

Alexandre Dal Forno, head de Marketing Corporativo & IoT da TIM, acredita que o NB-IoT, que já tem cobertura em 3.300 cidades brasileiras, irá impulsionar a democratização da tecnologia no campo. A esperança é que, no próximo ano, o governo aprove a desoneração fiscal do IoT, tornando ainda mais fácil o acesso.

“Enquanto a cobertura 4G alcança cerca de 5 milhões de hectares do agro, a rede NB-IoT atinge 11 milhões de hectares. As próprias cidades que cobrimos hoje com NB-IoT tem uma periferia, normalmente agrícola, que já pode ser beneficiada com essa tecnologia. Queremos trazer essas soluções que hoje rodam outras tecnologias, que não tem essa abrangência toda”, diz Dal Forno.

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Sensoriamento remoto

Uma das startups participantes do Pitch Day foi a VetorGeo, que surgiu em 2015 com o intuito de oferecer tecnologia israelense para a agricultura no Brasil depois que os sócios – um israelense e um brasileiro – perceberam um gap no mercado de sensoriamento remoto referente à precisão espacial e espectral dos sensores.

“Foi uma oportunidade excelente para a gente mostrar as soluções que desenvolvemos nesses últimos meses em uma vitrine tão grande, com tantas empresas escutando o que a gente faz”, destacou a fitopatologista Kelly Pazolini, pesquisadora da VetorGeo, uma das startups participantes.

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Esses equipamentos são capazes de identificar áreas de estresse nos plantios, mas nem sempre conseguem diagnosticar precisamente a causa do problema. Então, desde 2018, a empresa buscou equipamentos em uma precisão maior para permitir o diagnóstico de doenças. Em 2019, começou uma parceria com uma empresa israelense, que criou um sensor que permite ter um diagnóstico com maior precisão.

Além de comercializar os sensores, a VetoGeo cria soluções que agora são possíveis graças à maior resolução dos equipamentos. “A gente vem desenvolvendo trabalhos junto com a Unesp para fazer diagnóstico de doenças de plantas mais precisos, com foco maior nas pesquisas do Greening dos citros (HLB). Além disso, desenvolvemos soluções da agricultura 4.0, como mapeamento das plantas com precisão e cubicagem, que foi uma demanda dos produtores para a aplicação de produtos mais precisa, reduzindo os custos e riscos de contaminação ambiental”, explica a pesquisadora.

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Segundo Kelly, a empresa ambiciona ainda criar soluções para a contagem de frutos para estimativa de safra nos citros soluções para outras culturas. “A ideia é ampliar nosso leque, dentro de diferentes culturas, principalmente a cana-de-açúcar e o café, e, a longo prazo, pensar no mercado norte-americano visando o plantio da maconha medicinal orgânica e de citros”, afirma a fitopatologista.

(Foto: Perfect Fight/Divulgação)

 

Pulverização aérea

A Perfect Flight também trouxe soluções de agricultura de precisão com foco na pulverização aérea de defensivos, para trazer mais sustentabilidade e melhoria da performance da operação. Através de inteligência computacional, a empresa conecta os dados coletados no campo em tempo real e os integra com a sua base de dados.

“A empresa surgiu da necessidade do agricultor de ter parâmetros gerenciais suficientes para planejar, controlar e corrigir a aplicação de defensivos via aérea. Antes, não existiam relatórios, gestão de custos ou indicadores da pulverização aéreo agrícola. Os defensivos agrícolas podem representar até 23% do custo total da produção. Soma-se a isso o custo da aeronave e da operação de aplicação, trata-se de uma operação bem cara e delicada para não ter parâmetros de gerenciamento, correção e acompanhamento”, explica o diretor de operações da Perfect Flight, Leonardo Luvezutti.

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Segundo ele, além da performance e do custo, a sustentabilidade é um aspecto de extrema da importância para preservação do ecossistema do entorno quando é feita uma aplicação aérea agrícola.

“Temos uma área de relatório que serve como parâmetro de planejamento para que, quando for feita essa operação, o piloto ou a empresa saiba tudo o que tem no entorno para que possa preservar, como ele tem que aplicar, para não ser apenas performance, mas produzir melhor e de maneira mais sustentável”, destaca Luvezutti.
Source: Rural

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