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(Foto: Getty Images)

 

O Brasil exportou 3 milhões de sacas de café em julho. O volume, que inclui café verde, solúvel e torrado & moído, é o segundo melhor resultado das exportações brasileiras para o mês na história, segundo relatório divulgado pelo Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé) nesta quarta-feira (11/8).

Apesar disso, o resultado obtido pelo setor em julho de 2020 é 10,4% menor do que o registrado no mesmo mês do ano passado, quando foram embarcados 3,39 milhões de sacas de 60kg para o exterior.

A receita cambial com os embarques foi de US$ 356,8 milhões, o que representa uma redução de 12,5% comparado a julho de 2019. Mas, considerando o valor em reais, o total é 22,3% maior. Já o preço médio da saca de café foi de US$ 117,4, queda de 2,3% em relação ao registrado no ano passado.

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Em relação às variedades embarcadas no mês, o café arábica correspondeu a 74,4% do volume total das exportações, equivalente a 2,3 milhões de sacas. O café conilon (robusta) respondeu por 14,7%, com o embarque de 446,4 mil sacas, enquanto que o solúvel representou 10,9% das exportações, com 331,8 mil sacas exportadas.

“Apesar do cenário de crise gerado pela pandemia, os resultados indicam que o café irá se consolidar nos próximos meses com qualidade e sustentabilidade e, principalmente, tomando os cuidados necessários em relação aos protocolos privados, desde a colheita, passando pelos armazéns, transporte e chegando com segurança ao consumidor", diz Nelson Cavrvalhaes, presidente do Cecafé, destacando que a colheita está em ritmo "muito bom".

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De janeiro a julho, conforme o Cecafé, as exportações atingiram 22,9 milhões de sacas. Neste caso, o volume exportado também representa o segundo recorde histórico de exportações brasileiras de café para o mundo no período.

A receita cambial foi de US$ 3 bilhões, equivalente a R$ 14,7 bilhões, crescimento de 29% em reais em relação ao período anterior. Já o preço médio foi de US$ 128,9 por saca, registrando crescimento de 3,2%.

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Entre as variedades embarcadas de janeiro a julho, o café arábica representou 78,4% do volume total exportado, equivalente a 18 milhões de sacas, enquanto o café conilon (robusta) atingiu a participação de 11,2%, com o embarque de 2,6 milhões de sacas, e o solúvel representou 10,3%, com 2,4 milhões de sacas.

Entre as variedades, as exportações de conilon se destacaram no período ao registrarem crescimento de 15% em relação a janeiro a julho de 2019. Os principais destinos foram Estados Unidos (18,6%), Alemanha (17,1%), Itália (8,1%), Bélgica (7,2%), Japão (5,1%), Rússia (3,3%), Turquia (3,2%), Espanha (2,5%), México (2,3%) e Canadá (2,1%).

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Entre os principais destinos, México e Rússia tiveram os maiores crescimentos no consumo de café brasileiro, com aumento de 31,3% e 22,2%, respectivamente. Já entre os continentes e blocos econômicos, destaque para o avanço de 94,8% das exportações para a América Central e de 49,8% para a África.

O Porto de Santos segue na liderança da maior parte das exportações em 2020, com 79,9% do volume total – equivalente a 18,3 milhões de sacas). Em segundo lugar, estão os portos do Rio de Janeiro, com 12,6% dos embarques (2,9 milhões de sacas).

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Cafés diferenciados

Em 2020, o Brasil exportou 3,8 milhões de sacas de cafés diferenciados (com qualidade superior ou algum tipo de certificado de práticas sustentáveis). O volume, que foi o segundo maior embarcado para o período nos últimos cinco anos, corresponde a 16,6% do total de
café exportado de janeiro a julho deste ano.

A receita cambial gerada com a exportação de cafés diferenciados do Brasil foi de US$ 625,6
milhões, representando 21,1% do total gerado pelo Brasil em receita com as exportações. Os principais destinos foram: EUA (17,3%), Alemanha (14,4%), Bélgica (12,7%) e Japão (8,5%).

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Preço em alta no mercado interno

Enquanto isso, no mercado interno, os preços do café arábica permanecem em patamares elevados, segundo o Centro de Estudos Avanpados em Economia Aplicada (Cepea-Esalq/USP). Isso tem incentivado agentes a negociar volumes mais significativos da safra.

Levantamento do Cepea mostra que mais de 40% da temporada já havia sido comprometida até o início de agosto, o que é elevado para o período quando comparado a anos anteriores. Quanto ao robusta, boa parte da safra já havia sido comercializada até a última semana. 

Segundo agentes consultados pelo Cepea, cerca de 45 a 50% da safra já foi vendida no Espírito Santo. Em Rondônia, devido ao maior percentual de cafés negociados em meses anteriores, o volume da safra 2020/21 já comprometido é de 70 a 80%.
Source: Rural

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