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Operações de controle reduziram nuvem de gafanhotos, mas risco de reagrupamento de insetos leva autoridades a manterem a vigilância (Foto: Senasa)

 

Mesmo com a redução de grande parte da nuvem de gafanhotos localizada no município de Federación, na província de Entre Ríos, autoridades fitossanitárias da Argentina afirmaram nesta segunda-feira (27/7) que mantêm o monitoramento. Há a possibilidade de reagrupamento e novos deslocamentos dos insetos nas próximas semanas.

"A praga, devido ao seu comportamento, tende a se reagrupar, razão pela qual é essencial continuar as ações de monitoramento e controle, caso sejam detectadas amostras dos gafanhotos", afirmou o engenheiro chefe do Serviço Nacional de Saúde e Qualidade Agroalimentar da Argentina (Senasa) responsável pelo combate à praga, Hector Emilio Medina.

A nuvem está a 98 quilômetros de Barra do Quaraí (RS) e a 20 quilômetros da fronteira com o Uruguai. A afirmação de Medina acontece após operações aéreas e terrestres realizadas por técnicos no último sábado (25/7) – o Senasa estima que entre 80% a 85% da nuvem com 400 milhões de insetos tenha sido eliminada.

Segundo Medina, o êxito das aplicações se deve a parceria entre os técnicos do governo e os produtores locais. "O principal objetivo era poder 'quebrar' a nuvem para que não formasse novamente, o que não aconteceu até agora. Durante o dia de ontem (neste domingo, 26/7), foram detectados gafanhotos vivos, principalmente isolados, por isso continuam nos próximos dias as ações no terrestres ", explicou o engenheiro.

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Com a redução da distância dos insetos em relação ao Brasil na última semana, a Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural do Rio Grande do Sul (Seapdr) publicou nova instrução normativa na sexta-feira (24/7) em que estabelece a criação de um Comitê de Emergência Fitossanitária e oficializa os trabalhos para o combate aos gafanhotos. Segundo a Seapdr, o potencial de prejuízos para a agricultura local é de R$ 1 milhão por dia.

Além disso, a Secretaria da Agricultura gaúcha firmou um acordo para receber R$ 600 mil do Ministério da Agricultura para se prevenir de uma possível entrada dos insetos no Brasil. O recurso seria usado para a compra de produtos químicos para 21 dias de tratamento fitossanitário.

Trabalho intenso para combater segunda nuvem

(Foto: Senasa)

 

Da mesma forma, o Senasa informou que as equipes trabalham intensamente nas províncias de Chaco e Formosa, no norte da Argentina, para encontrar a localização da nuvem egressa do Paraguai, detectada na última semana pelas ações de vigilância do órgão.

“A nuvem rapidamente atravessou a província de Formosa. Na terça-feira (21/7), ela entrou no Chaco. Com uma aparente baixa mobilidade, teria retornado à Formosa no sábado (25/7), de acordo com o alerta de informantes ao sul da cidade de Pozo del Tigre, e ontem (26/7) cruzou o rio Bermejo novamente para voltar à província de Chaco”, afirmou a agência governamental argentina.

O Senasa informou ainda que o trabalho está sendo realizado em áreas de difícil acesso, nas proximidades do Parque Nacional El Impenetrable. Por enquanto, autoridades brasileiras afirmam que não há perigo com a nove nuvem, já que a distância seria de cerca de 600 quilômetros de Itaqui (RS).

No entanto, o receio de entomologistas é que ocorra uma onda de gafanhotos nos próximos meses. Um sinal disso seria uma terceira nuvem detectada na última semana no departamento de Boquerón, no Paraguai.
Source: Rural

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