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(Foto: Divulgação)

 

O Ministério da Agricultura deve liberar nos próximos dias R$ 600 mil para o Rio Grande do Sul para ajudar na prevenção e combate à nuvem de gafanhotos que está na província argentina de Entre Ríos, a cerca de 98 quilômetros de Barra do Quaraí (RS) – a menor distância para o Brasil desde maio.

O recurso foi acordado em reunião, nesta quarta-feira (22/7), entre a ministra da Agricultura, Tereza Cristina, e o secretário da Agricultura do Estado, Covatti Filho.

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Mais tarde, a Secretaria da Agricultura gaúcha revelou que o valor repassado pelo governo pode ser utilizado na compra de produtos para tratamento fitossanitário e na contratação de serviços de aplicação.

“Outra ideia apresentada é a busca por um acordo de cooperação com Argentina e Uruguai para auxiliar no controle dos insetos em seus territórios, de forma a permitir a entrada de aviões brasileiros para aplicar inseticidas na Argentina, por exemplo”, disse o secretário Covatti Filho.

Situação dos gafanhotos foi um dos assuntos de reunião entre a ministra da Agricultura, Tereza Cristina, e o secretário de Agricultura do RS, Covatti Filho (Foto: Mapa/Divulgação)

 

Na última segunda-feira (20/7), o governo gaúcho contatou o Sindicato Nacional das Empresas de Aviação Agrícola (Sindag) para saber sobre a disponibilidade dos aviões na região das fronteiras sul e oeste. Em resposta, o Sindag afirmou que 70 dos 426 aviões que compõem a frota aeroagrícola do Estado estariam prontos.

Segundo a avaliação de técnicos do Rio Grande do Sul, as culturas com maior potencial de dano diante dos cerca de 400 milhões de gafanhotos presentes na nuvem são grãos, como arroz, soja, milho e trigo, além de pastagens.

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Uruguai em alerta

Segundo informações do Serviço Nacional de Sanidade e Qualidade Agroalimentar da Argentina (Senasa) repassadas à Secretaria da Agricultura do Rio Grande do Sul, a nuvem de gafanhotos chegou a estar a 17 quilômetros do Uruguai na quarta-feira (22/7).

No final do dia, no entanto, a praga retomou sua posição anterior, a cerca de 21 quilômetros do território uruguaio, no município de Federación. Nesta quinta-feira (23/7), técnicos do Senasa devem realizar uma nova aplicação fitossanitária para combater os insetos.

Vídeo mostra monitoramento aéreo no Uruguai

 

No Uruguai, a Direção Geral de Serviços Agrícolas (DGSA), órgão que compõe a estrutura do Ministério da Agricultura do país, fez um um reconhecimento com funcionários do Exército e da Associação Nacional de Empresas Aeroagrícolas Privadas em Paysandú, Salto e Artigas, cidades na fronteira com Brasil e Argentina.

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"O voo durou 1 hora e 50 minutos e incluiu o ponto preciso em Salto, entre Belén e Constitución, onde se acredita que seria o degrau de entrada para os gafanhotos devido às condições climáticas do local", afirmou a DGSA.

No caso da entrada da nuvem de instos, o Uruguai dispõe de uma frota aeroagrícola com 135 aviões. Enquanto isso, no norte da Argentina, seguem as buscas pela terceira nuvem de insetos, que entrou no país na segunda-feira (20/7) pela província de Formosa, vinda do Paraguai.
Source: Rural

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