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(Foto: Divulgação)

 

 

 

 

 

 

Os efeitos da crise econômica gerada pela pandemia do coronavírus e as medidas de distanciamento social tiveram grande impacto na produção e na comercialização de frutas, legumes e verduras em maio. É o que mostra 6º boletim hortifrutigranjeiro da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), divulgado nesta quinta-feira (18/6).

A base de dados Conab/Prohort registra informações de 117 variedades de frutas e 123 hortaliças, em todas regiões do Brasil. Entretanto, foram analisadas cinco frutas – banana, laranja, maçã, mamão e melancia – e outras cinco hortaliças – batata, cebola, tomate, cenoura e alface – com maior peso na composição do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a inflação em todo o país.

No último mês, o mercado de hortifrútis operou com grandes variações nos preços por conta da mudança na demanda, que é creditada à chegada do inverno, além das dificuldades no escoamento da produção, devido às medidas de distanciamento social. Foram analisados os dados das Centrais de Abastecimento do Rio de Janeiro (RJ), Vitória (ES), Curitiba (PR), Goiânia (GO), Brasília (DF), Recife (PE) e Fortaleza (CE).

No caso das hortaliças, o comportamento não foi uniforme. A batata e a cebola tiveram variações positivas nos preços, enquanto a alface teve uma ligeira oscilação na maioria dos mercados analisados. O tomate e a cenoura registraram retração.

A batata chegou a subir 77% em Fortaleza e a cebola ficou 56,40% mais cara no Rio de Janeiro. A cenoura oscilou de alta de 53,73% em Fortaleza até queda de 46,65% em Brasília. O tomate teve queda, com destaque para Brasília, onde o recuo foi de 43,81%.

No caso das frutas, o preço da banana caiu em todas as praças analisadas, com maior intensidade em Curitiba (14,8%), assim como a laranja, com recuo mais forte em Vitória (15,5%), e o mamão, com redução na maior parte dos mercados, com maior força em Fortaleza (20,4%). A melancia foi a única fruta que não teve recuo nos preços e o maior aumento se deu em Recife (20%). A maçã obteve leve variação positiva, sendo que a maior alta foi na capital pernambucana (12,5%).

“A boa oferta dessas frutas aliada à uma menor demanda explicam os preços recessivos. Além disso, as restrições ao funcionamento de restaurantes, bares, o menor fluxo nas feiras livres e a suspensão das aulas nas redes de ensino em face da pandemia do coronavírus, influenciaram diretamente essa retração de demanda”, diz o relatório. Confira as oscilações nos preços das frutas e hortaliças

Alface

O movimento de preços da alface oscilou num curto intervalo no último mês, com variação negativa de 7,32% em Vitória, mas positiva de 3,07% em Curitiba e no Rio de Janeiro, de 1,63%. Em Goiânia e Brasília os preços mantiveram-se estáveis, enquanto nos mercados nordestinos de Fortaleza e Recife foram registradas quedas de 1,00% e 3,45%, respectivamente.

Batata

Os preços da batata apresentaram alta, de forma sensível na maioria dos mercados. Somente em Recife o preço permaneceu estável. Nas demais Ceasas, as altas foram de 25% em Fortaleza até 77,04% no mercado atacadista de Brasília. Os demais aumentos foram de 39,33% em Curitiba, 35,22% em Goiânia, 34,30% em Vitória e de 29,18% no Rio de Janeiro.

Cebola

Pelo quarto mês consecutivo os preços da cebola apresentaram aumentos em todos os mercados analisados. Em maio, os percentuais ficaram entre 18,80% em Goiânia e 56,40% no Rio de Janeiro. Na casa dos 30%, ficaram as altas de Fortaleza (39,04%), Brasília (34,36%) e Curitiba (31,82%). Próximos aos 20% foram os incrementos de preços nas Ceasas que abastecem Vitória (23,51%) e Recife (19,94%).

Cenoura

Pelo primeiro mês neste ano, os preços da cenoura apresentaram queda em quase todos os mercados analisados, diz a Conab. A exceção ficou por conta do mercado atacadista que abastece Fortaleza, alta de 53,73%. Nos demais mercados as reduções de preços foram sensíveis, todas acima de 10%. No Rio de Janeiro, foi de 13,64%. Na casa dos 20%, ficaram em Vitória (25,17%), Recife (25,27%) e Goiânia (27,49%). Destacam-se as diminuições registradas nas Ceasas que abastecem Curitiba (40,89%) e Brasília (46,65%).

Tomate

Em maio, foi observada nova queda de preços do tomate em quase todos os mercados analisados. Somente no Rio de Janeiro o preço do fruto apresentou alta, mesmo assim, em baixo percentual (3,03%). As cotações caíram entre 3,80%, em Curitiba, e 43,81%, em Brasília. Nas demais, as maiores reduções foram nas Ceasas que abastecem Goiânia (27,06%), Recife (26,34%) e Vitória (13,48%). Em Fortaleza, o preço do tomate arrefeceu 6,63%.

Banana

Quanto aos preços da banana, houve queda em todas as Ceasas analisadas: Vitória (8,42%), Goiânia (10,34%), Brasília (11,15%), Rio de Janeiro (5,32%), Curitiba (14,8%), Recife (0,71%) e Fortaleza (9,77%).

Laranja

Em relação à laranja, apenas o Rio de Janeiro obteve leve variação positiva, de 2,41%. Todas as demais praças analisadas registraram queda no preço da fruta, que variam de 1,89%, em Brasília, até a retração mais alta em Fortaleza, de 18,11%. Os demais recuos sobre a fruta cítrica foram em Curitiba (5,03%), Recife (11,71%), Goiânia (5,65%) e Vitória (15,54%).

Maçã

No que tange à maçã, ocorreram discretas altas de preços em Vitória (2,1%), Rio de Janeiro (1,78%) e Fortaleza (3,88%). As quedas ficaram por conta de Curitiba (0,94%) Goiânia (0,28%), Brasília (1,28%) e Recife (12,5%).

Mamão

Os preços do mamão tiveram redução no Rio de Janeiro (1,08%), Vitória (18,45%), Curitiba (23,6%), Brasília (14,1%), Goiânia (30,46%) e Fortaleza (20,41%). A única elevação no preço da fruta foi observada apenas em Recife (7,09%).

Melancia

A melancia apresentou percentual de alta de preços no Rio de Janeiro (10,95%), Vitória (5,77%) e Recife (20%). Por outro lado, as quedas nas cotações ocorreram em Curitiba (5,17%), Goiânia (14,48%) e Fortaleza (4,55%). No Distrito Federal, houve estabilidade nos preços.
Source: Rural

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