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(Foto: Divulgação)

 O Plano Safra 2020/2021, lançado na quarta-feira (17/06) pelo Ministério da Agricultura, destinará R$ 150 milhões para atender às cooperativas de agricultores familiares que foram  prejudicadas pela Covid-19. O valor servirá para financiamentos relacionados a formação de estoques e serão operados em conjunto com a Conab via Programa de Aquisição de Alimentos.

O valor servirá para financiamentos relacionados à formação de estoques e serão operados em conjunto com a Companhia Nacional de Alimentos (Conab), por meio do Programa de Aquisição de Alimentos.

“Esse momento da Covid-19 afetou algumas cadeias que estão mapeadas no Ministério da Agricultura. Nós sabemos quais foram as que mais sofreram e as que estão sofrendo como, por exemplo, do leite e dos produtos lácteos”, explica o secretário de agricultura familiar e cooperativismo do Ministério da Agricultura, Fernando Schwanke.

Segundo o secretário, o fechamento de alguns canais de alimentação aumentou os estoques de alguns produtos, que não estão sendo escoados com a mesma frequência. “O importante neste momento é que a cooperativa possa respirar, e que ela não morra com o estoque na mão”, ressalta Schwanke.

Entre as principais cadeias beneficiadas, o Ministério da Agricultura destaca, além de lácteos, produtores de suco de uva, cujas vendas caíram pela metade após a pandemia, de derivados da mandioca e de castanhas. “Nós devemos trabalhar com um limite de R$ 1,5 milhão. A cooperativa, captando esse recurso, se capitaliza e consegue respirar”, adiantou Schwanke.

Taxa de juros

No total, o Plano Safra 2020/2021 destinou R$ 66,2 bilhões para financiamento de pequenos e médios produtores, volume 14,7% superior ao destinado no plano anterior. Durante a apresentação das ações específicas para o setor, a ministra da agricultura, Tereza Cristina, afirmou que o governo possui atenção especial com os produtores familiares.

“Todo esforço tem sido feito para que a gente tenha um compromisso cada vez maior com esse segmento da agricultura (…) Nós queremos que todos estejam inseridos na base produtiva do nosso país e que possam crescer”, destacou a ministra.

Para o próximo ano agrícola, o governo também reduziu os juros aplicados no Pronaf (Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar). Para custeio, a alíquota passou de 3% para 2,75% ao ano e, para investimentos, foi de 4,6% para 4% ao ano.

Também houve corte na taxa de juros praticada nas linhas de financiamento para construção e reforma de imóvel rural. Anunciada pela primeira vez no ano passado, a possibilidade de financiamento imobiliário dentro do Plano Safra também foi ampliada e será extensível aos filhos dos agricultores familiares. “Isso reforça, muito a nossa estratégia para sucessão familiar rural. É um avanço muito importante dentro deste novo recorte”, comemorou Schwanke. O programa contará com R$ 500 milhões de recursos este ano a juros de 4% ao ano.

Preço mínimo

Outra mudança realizada nas ações do Plano Safra voltadas para a agricultura familiar, o governo anunciou também o aumento do limite de cobertura do Programa de Garantia de Preços da Agricultura Familiar, de R$ 3.500 para R$ 5.000 nas operações de custeio e de R$ 1.500 para R$ 2.000 nas operações de investimento.

O programa permite ao produtor abater valores das parcelas de financiamentos quando o valor da sua produção fica abaixo do mínimo estabelecido pela Conab. Este ano, o limite também será aplicado por instituição financeira, ampliando a cobertura. “Se o agricultor tem dois financiamentos do Pronaf, ele vai poder usar esse rebate nas duas instituições. Até o ano passado esse limite era para o crédito como um todo”, explicou Schwanke.
Source: Rural

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