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De acordo com a PwC, setores do agronegócio que são mais mecanizados sofreram menos o impacto da pandemia de coronavírus sobre sua mão-de-obra (Foto: José Medeiros/Ed.Globo)

 

Os impactos da pandemia de Covid-19 sobre fornecedores do agronegócio, como indústria de insumos e mercado de trabalho, tornam crucial ao setor elaborar um “plano de contingência” para a crise global pela qual a sociedade enfrenta. É o que aponta um estudo elaborado pela consultoria PWC sobre os impactos da Covid-19 sobre o agronegócio brasileiro.

“Quando falamos de plano de contingência, nos referimos a não ficar 100% dependente de um mercado, de um fornecedor, ou de um parceiro comercial, porque se esse parceiro ou esse mercado tiver problema com o Covid-19, você terá impactos também”, explica Maurício Moraes, sócio e líder de agribusiness da PwC Brasil, ao mencionar especificamente a China, país que é principal destino das exportações agrícolas e, ao mesmo tempo, fornecedor de insumos para a cadeia agrícola, como defensivos e fertilizantes.

No caso de mão de obra, Moraes ressalta que o impacto é maior entre culturas menos mecanizadas, como o café, que já enfrenta dificuldades para encontrar trabalhadores durante a colheita deste ano. “Em relação a mão de obra, não tem muito o que fazer. O agronegócio de forma geral não está sendo muito afetado porque já é muito mecanizado, mas em alguns segmentos estão sofrendo mais”, explica o sócio da PwC.

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De acordo com a CNA, a mão de obra já preocupa produtores de laranja, cuja colheita se inicia em junho. Entre os cafeicultores, o problema já é uma realidade em outros países e foi tema no Fórum Mundial dos Produtores de Café. Ainda segundo a CNA, o setor cafeeiro está otimista de que o consumo no lar possa superar as reduções de consumo em cafeterias, mas com preferência por produtos de qualidade inferior e menor preço.

“Com a queda de renda e de poder aquisitivo das pessoas, a tendência é que a demanda por produtos premiums possa sofrer um pouco mais, pois o consumidor vai procurar produtos mais acessíveis”, conclui Moraes, ao destacar o mesmo movimento no setor de proteína animal, com migração do consumo de cortes mais caros para alternativas mais baratas, como o frango. “Havendo mais desemprego e queda de renda, é natural que as pessoas evitam gastar mais e busquem produtos mais acessíveis”, ressalta o líder de agribusiness da PwC.
Source: Rural

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