Skip to main content

Na avaliação do USDA, Brasil deve se manter como lider mundial da produção de soja na safra 2020/2021, com 131 milhões de toneladas (Foto: Aprosoja/MS)

 

A produção mundial de soja e milho deve ter um crescimento de 100 milhões de toneladas na safra 2020/2021. Segundo o relatório de estimativa de oferta e demanda para a agricultura mundial, divulgado nesta terça-feira (12/5) pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), é esperado uma expansão de 6,4%, para 1,186 bilhão de toneladas das duas commodities.

No caso do milho, os Estados Unidos, maiores produtores mundiais, deverão aumentar a sua produção em 59,2 milhões de toneladas (17%), na comparação com a temporada anterior, para 406,2 milhões. Segundo maior produtor, a China deve manter volume praticamente estável, com 260 milhões de toneladas.

Para o Brasil, a previsão é de aumento de 5 milhões de toneladas no próximo ciclo, para 106 milhões. A Argentina deve produzir 50 milhões de toneladas, enquanto a Ucrânia deve chegar a 39 milhões de toneladas.

Para as exportações mundiais, é esperado o aumento de 12,9 milhões de toneladas, com um total de 182,2 milhões de toneladas do cereal. Os Estados Unidos devem exportar 54,6 milhões de toneladas. O Brasil deve aumentar os embarques em 2 milhões de toneladas, para 38 milhões.

saiba mais

Cooperados da Integrada já comercializaram 80% da produção de soja

Dólar alavanca a soja e Brasil deve ter janela de exportação estendida

 

A Argentina deve manter a mesma quantidade, de 34 milhões de toneladas exportadas na safra 2019/2020, enquanto a perspectiva para a Ucrânia é de crescimento de 1 milhão de toneladas, para 33 milhões.

As importações devem ser de 176,2 milhões de toneladas, 7,4 milhões a mais no próximo ciclo agrícola. Os países da União Europeia devem aumentar as compras em 1,5 milhão de toneladas, para 23 milhões. O México deve importar 18,3 milhões de toneladas. O Japão e o Sudeste da Ásia devem adquirir 16 milhões e 17,6 milhões de toneladas, respectivamente.

Os estoques finais mundiais de milho devem ser de 339,6 milhões de toneladas em 2020/2021, 24,9 milhões a mais do que na safra passada. A China deve terminar o ciclo com 200 milhões, enquanto a União Europeia mantém um volume praticamente estável, com 7,89 milhões de toneladas. Para o Brasil, são esperadas 5,89 milhões de toneladas, 1,5 milhão a mais do que anteriormente.

Mais soja

Em relação a soja, a produção mundial deve ser de 362,7 milhões de toneladas, aumento de 26 milhões de toneladas na safra 2020/2021. A previsão para o Brasil é de 131 milhões de toneladas, 7 milhões a mais na próxima temporada, que será plantada no segundo semestre do ano. Os Estados Unidos devem produzir 112,2 milhões, ante as 96,7 milhões de toneladas em 2019/2020. A Argentina deve ter 53,5 milhões, 2,4 milhões a mais, enquanto a expectativa de crescimento para o Paraguai está em 250 mil toneladas, para 10,2 milhões.

"Do lado global, o órgão norte-americano trouxe uma perspectiva de crescimento do consumo de soja no mundo da ordem de 3,7%, o maior nos últimos 4 anos, e uma aceleração do comércio global à reboque do aumento das compras chinesas. Isso fez com que as expectativas de estoques de passagem no mundo também se reduzisse ligeiramente apesar do cenário de aumento da produção mundial, com destaque também para o Brasil (para 131 mm t.) e uma recuperação da safra argentina (53,5 mm t.)", avalia, em nota, o gerente de consultoria Agro do Itaú BBA, Guilherme Bellotti.

 

saiba mais

Milho: produtores de MT já venderam 88,9% da safra antes da colheita

Produção de etanol de milho deve crescer 61% na safra 2020/2021, avalia a Conab

 

As exportações de soja devem ficar em 161,9 milhões de toneladas, 8 milhões a mais do que no último ano. Os Estados Unidos devem embarcar com 55,7 milhões; a Argentina 6,5 milhões e o Brasil 83 milhões.

A China deve se manter como principal demandante global, aumentando suas compras em 4 milhões, para um total de 96 milhões de toneladas. Já a União Europeia mantém volumes praticamente estáveis, com 14,9 milhões de toneladas, enquanto o sudeste da Ásia deve comprar 400 mil toneladas a mais, com 8,9 milhões de toneladas.

Os estoques finais em 2020/2021 devem ser de 98,3 milhões de toneladas de soja. A China deve encerrar a safra 2020/2021 com estoques de 27,2 milhões de toneladas. O Brasil deve ter 26,2 milhões, enquanto são esperadas 27,4 milhões de toneladas para a Argentina.
Source: Rural

Leave a Reply